Ricardo Alban é reeleito presidente da Fieb; prioridade é hidrogênio verde 

Em chapa única, 30% da diretoria foi renovada e 50% dos vice-presidentes 

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  • Marcela Vilar

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 18:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Fieb

Em chapa única, o empresário Ricardo Alban foi reeleito presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), nesta segunda-feira (18). Ele ocupa a função desde novembro de 2014, após a morte do presidente Carlos Gilberto Cavalcanti. As prioridades para o quadriênio 2022-2026 são o investimento em capacitação, educação, hidrogênio verde e energias renováveis.  

Participaram da votação 44 representantes de sindicatos da indústria baiana. A chapa de Alban obteve 42 dos votos válidos e a posse da nova diretoria será em abril de 2022. Houve uma renovação de 30% dos diretores e 50% dos vice-presidentes. Agora, ocupam a vice-presidência Angelo Calmon de Sá, Carlos Henrique Passos, Cláudio Murilo Xavier, Josair Santos Bastos, Luiz da Costa Neto, Paulo Guimarães Misk, Roberto Fiamenghi e Sérgio Pedreira.  

Ricardo Alban quer investir no potencial de energia renovável da Bahia. Segundo ele, o estado tem potencial eólico para o dobro do consumo de energia do Brasil. Já de potencial fotovoltaico, usado na energia solar, representa três vezes o que os brasileiros consomem. Como elas são fontes de energia intermitentes, só é possível compor 20% da matriz energética. Por isso, a ideia é exportar em hidrogênio verde.  

“O hidrogênio verde deve ser uma grande opção a médio e longo prazo, como forma de usar nosso potencial de energia renovável, de fotovoltaicas e eólicas. Temos que transformar essa energia em comercializável e transportável. Daí que vem o interesse no hidrogênio verde, que servirá não só para exportação, mas, principalmente, focado em limpar as cadeias produtivas de carbono a indústria brasileira e do agronegócio”, planeja Alban.  

O presidente da Fieb ainda comentou sobre o desenvolvimento de uma vacina com tecnologia de RNA mensageiro, que começa os testes de primeira fase no final de outubro. Segundo ele, ela será uma plataforma para vários medicamentos biológicos, com diversos fins, inclusive oncológicos. “É preciso dinamizar a indústria da saúde na Bahia, que ainda é um setor muito pequeno”, defende.  

Outra perspectiva é a confecção de uma pista automotiva, para acompanhar novos rearranjos da indústria automobilística, como os carros elétricos e híbridos, assim como investimento em inovação, tecnologia e capacitação profissional dos baianos. “Uma das coisas que mais nos preocupa é a formação profissional e educação. Vamos inaugurar um curso de Medicina com Tecnologia em Engenharia, até 2023, no Senai, e ampliar nossos CFPs [Centros de Formação Profissionais]”, completa.  

As prioridades da gestão atual, do quadriênio de 2018-2022 ainda continuam. “Continua sendo fundamental investir nas pequenas e médias empresas. Os grandes investimentos são os que criam as condições do encadeamento produtivo, mas são essas empresas que formam o mercado produtivo”, conclui Ricardo Alban.  

Outros 18 diretores ainda foram eleitos, assim como 12 suplentes, o Conselho Fiscal e os delegados da FIEB no Conselho de Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nas duas gestões, o presidente Ricardo Alban também favoreceu a interiorização do Sistema FIEB e de suas entidades SESI, SENAI, CIEB e IEL, e o suporte às empresas para a transição à indústria 4.0. 

*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro