Robôs com Inteligência Artificial desenvolvem rivalidade

Pesquisa mostrou que máquinas aprendem a ter preconceitos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 15:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Um estudo da Universidade de Cardiff, no País de Gales, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, comprovou que robôs dotados de Inteligência Artificial (AI) são capazes de desenvolver rivalidades quando estão trabalhando juntos, e também de aprender a ter preconceitos com indivíduos de fora do seu próprio grupo.

Revolução Digital e Inteligência Artificial são alguns dos temas deste ano do Fórum Agenda Bahia, que realizará em novembro próximo, o seminário Humanize-se. Iniciado em agosto, com o seminário Sustentabilidade do Agora, o Fórum Agenda Bahia acontece há nove anos, sempre trazendo temas inovadores e que focam no uso da tecnologia para o desenvolvimento social e econômico da Bahia.

Este ano, a programação do fórum inclui ainda o Desafio de Inovação Acelere[se], um programa de 12 semanas que oferece capacitação especializada  e mentoria visando acelerar o crescimento de 8 startups baianas.

Segundo os pesquisadores, para um robô desenvolver rivalidade ou preconceitos, basta a máquina copiar e aprender o comportamento de outros robôs. Ainda de acordo com o estudo do MIT e da Universidade de Cardiff, robôs tendem, com o tempo, a se tornarem reflexos dos comportamentos humanos e são capazes de aprender preconceitos típicos da espécie humana, como o racismo.

Como a pesquisa foi feita

Os pesquisadores criaram um jogo em que cada uma das inteligências artificiais testadas foi separada em grupos e estimulada a decidir se faria uma "doação" para outra IA do seu próprio grupo ou para uma das IAs de um grupo diferente. Cada IA possuia reputação e estratégia próprias para fazer a doação. Mas, depois de milhares de simulações, as IAs de cada grupo passaram a copiar a postura de outras IAs, dentro e fora do seu grupo de origem. Assim, os comportamentos preconceituosos acabaram sendo mais copiados.

"Conforme as simulações eram feitas, o preconceito contra indivíduos externos aos grupos de origem passou a aumentar, criando grupos de inteligência artificial cada vez mais fechados", explicou Roger Whitaker, professor da Universidade de Cardiff

De acordo com o especialista, na medida em que os grupos de IAs se fechavam, elas também desenvolviam rivalidades com grupos diferentes, aumentando a quantidade de grupos preconceituosos e fechados, levando os pesquisadores a imaginarem de que forma será po´ssivel ensinar cooperação e respeito à diversidade às máquinas. 

O Fórum Agenda Bahia 2018 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Revita e Oi, e apoio institucional da Prefeitura de Salvador, Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Fundação Rockefeller e Rede Bahia.

*Com informações do UOL Tecnologia