Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Daniela Leone
Publicado em 22 de agosto de 2022 às 14:06
Ele não balançava a rede havia quase seis meses e desencantou no momento em que o Vitória mais precisou. Recuperado de lesão, Rodrigão foi chamado pelo técnico João Burse para substituir Santiago Tréllez aos 32 minutos do segundo tempo. Precisou de apenas cinco para garantir o triunfo contra o Paysandu na estreia do quadrangular final da Série C do Brasileiro.>
"Foi um gol importante para mim. O primeiro gol com a camisa do Vitória. Uma vitória muito importante para a gente nessa reta final do campeonato", vibrou o centroavante durante entrevista coletiva concedida após o treino desta segunda-feira (22).>
Rodrigão não entrava em campo havia quase dois meses. Anunciado como reforço rubro-negro em 1º de junho, ele participou de só uma partida sob o comando de Fabiano Soares. Foi titular na derrota por 1x0 para o Botafogo-SP, na 11ª rodada, que culminou na demissão do treinador. Poderia ter estreado antes, mas acabou expulso no banco de reservas, duas rodadas antes, por reclamar da arbitragem. >
Foi mantido no onze inicial por João Burse no empate sem gols com o Altos e na vitória por 2x0 contra o Figueirense, mas se lesionou contra a equipe catarinense e passou mais de um mês sem ser relacionado. "Não queria ter tido a lesão, queria render muito mais. Sei da minha capacidade e espero dar sequência depois desse gol", projetou o atacante de 28 anos.>
Contratado para ser a referência do ataque do Vitória, Rodrigão viu companheiros, a exemplo de Santiago Tréllez, ganharem espaço e apresentarem melhor condição física. Ontem, o centroavante ainda teve ótima chance para ampliar o placar, nos acréscimos do jogo contra o Paysandu, mas não conseguiu chutar novamente contra a meta adversária no Barradão. >
"Eu tinha dado um pique, cheguei a 33 km/h e na volta eu dei mais outro pique. Como eu estava sem ritmo, você entra na adrenalina do jogo. Estava praticamente 'sem perna', tentei ainda ganhar para o lateral e até ganhei, mas na hora de chutar eu já estava muito cansado", admitiu o atleta. >
Em quase três meses na Toca do Leão, Rodrigão jogou somente 240 minutos. Foram quatro partidas no total, três delas como titular. Em apenas uma começou e terminou em campo. "Estou feliz por ter feito o primeiro gol com a camisa do Vitória. É continuar trabalhando. A sequência vai depender do treinador e minha também, que tenho que trabalhar mais e mais ainda para ser titular", reconhece o atacante.>
"A gente tem que respeitar a decisão do treinador e a gente tem que motivar os onze que entram. Como ontem, eu entrei no segundo tempo e consegui ajudar a minha equipe, então tem que estar sempre motivado e trabalhando para que, na hora que tiver a oportunidade, agarrar ela com unhas e dentes", completou o jogador, que curtiu de perto pela primeira vez o carinho da nação rubro-negra.>
Contra o Paysandu, 21.661 pagantes estiveram presentes no Barradão e a festa só ficou completa depois de Rodrigão aproveitar o passe de Gabriel Honório e, com um toque na bola, mudar a história do jogo. "Estou muito feliz e queria agradecer primeiramente a Deus pelo gol de ontem, pela vitória e também à equipe, porque fomos uma equipe de guerreiros, não desistimos até o último minuto. Fiquei feliz pelo gol e parabéns à torcida que nos apoiou até o último minuto".>
Rodrigão não marcava um gol desde 5 de março, quando anotou na vitória do Sport diante do Bahia, na Copa do Nordeste. Agora, não quer passar em branco por tanto tempo e já está focado no próximo adversário rubro-negro. No domingo (28), às 17h, o Vitória visita o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Ex-jogador do Avaí, ele conhece bem o palco da partida. "O jogo vai ser difícil, como todos são, mas eu tenho boas lembranças lá. Já ganhei clássico lá, então isso é muito bom", recordou. "Nos classificamos e começamos com o pé direito. Que assim continue até o acesso", projetou o centroavante. >