Rui diz que política da Anvisa é redundante e aguarda sanção em MP que muda prazos

Governador comemora aprovação de Medida Provisória que estabelece prazo para Anvisa liberar vacinas e diz que há um desejo da sociedade

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  • Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 18:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fernando Vivas/GOVBA

O governador da Bahia, Rui Costa, comemorou, nesta quinta (11), a aprovação no Congresso Nacional da Medida Provisória (MP) que estipula prazo para que a Anvisa se posicione sobre uso de vacinas contra a covid-19, que já tenham autorização para uso emergencial em outros países. Rui participou de debate virtual promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) no qual se discutiu o tema 'Um Plano B para a Vacina: respostas em nível subnacional'. O texto aprovado aguarda sanção do presidente da República.

“Eu sou crítico da política da Anvisa de exigir que seja feito o reestudo no Brasil de todas as fases para aplicação de vacinas que já estão sendo utilizadas em outros países. É uma redundância desnecessária que atrasa a retomada do desenvolvimento econômico e a geração de empregos e acesso a produtos de saúde que vão melhorar saúde e qualidade de vida das pessoas. Embora a Anvisa solicite que o presidente vete o texto, há um desejo de todos que estão ansiosos pela vacina porque isso permitirá que vacinas já utilizadas fora possam ser compradas e aplicadas no Brasil”, afirmou Rui. Governador participou de debate virtual com o jornalista Fernando Gabeira, a diretora executiva do Cebri, Julia Dias Leite, e os conselheiros da entidade, Marcos Azambuja e Joaquim Falcão. Na última quarta (10), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, pediu ao presidente Jair Bolsonaro que vete o artigo da MP que dá o prazo de cinco dias para autorização de uso emergencial.

Neste ano, a Anvisa já fez alterações na sua política, ao suspender a exigência do teste de fase 3 para liberar o uso emergencial de vacinas no Brasil. A MP deve acelerar a aprovação do uso de novas vacinas no país. Até o momento, só duas vacinas estão autorizadas no Brasil: CoronaVac e Oxford-AstraZeneca.

Representantes de, pelo menos, duas outras vacinas já se reuniram com representantes do Ministério da Saúde e da Anvisa, os da indiana Covaxin e da russa Sputinik V. O imunizante russo é aposta do governo da Bahia, que ainda em 2020, assinou um acordo que previa a compra de 50 milhões de doses da vacina. No começo do mês, o estado anunciou que vai permitir que o governo federal compre as doses que havia negociado com o fundo russo.

No debate do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, o governador destacou a busca do estado por parcerias com laboratórios internacionais que estavam trabalhando na produção de uma vacina contra o novo coronavírus desde o início da pandemia. 

Ele também destacou o papel dos Consórcios de Saúde das diferentes regiões do país que têm trabalhado pela realização de parcerias para aquisição de vacinas . “A ansiedade é grande pela liberação de novas vacinas pela Anvisa ou pela sanção presidencial que permitirá que, ultrapassado o prazo dado à Anvisa para autorização do uso da vacina, o estado poderia adquirir o imunizante. Isso facilitaria muito porque teríamos mais agilidade na aquisição e rapidez na vacinação da população”, acrescentou.