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Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 10:06
- Atualizado há 2 anos
Cresce a tensão entre Rússia e Ucrânia. Os Estados Unidos advertiram nesta terça-feira (18) que a situação na região é "extremamente perigosa". Segundo Washington, a Rússia poderia estar preparando um ataque iminente na fronteira ucraniana.>
O porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os exercícios militares conjuntos entre a Rússia e Belarus nesta terça-feira mostram uma "nova abordagem dos russos, se decidirem realizar ações contra a Ucrânia". Em caso de ataque, "nenhuma opção está excluída" pelos Estados Unidos, reiterou, sugerindo uma resposta de Washington.>
No fim de semana passado, os Estados Unidos já haviam acusado Moscou de ter enviado à Ucrânia agentes encarregados de realizar operações de sabotagem, com o objetivo de criar um pretexto para uma invasão. O tom alarmista por parte do governo americano coincide com o lançamento de uma nova tentativa de diálogo com a Rússia.>
Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, e da Rússia, Serguei Lavrov, planejam uma reunião em Genebra, na Suíça, na sexta-feira (21). Sob anonimato, uma autoridade americana afirmou que o objetivo de Blinken é tentar "uma saída diplomática" e encontrar "pontos em comum" para convencer o governo russo a recuar na Ucrânia. >
'Respostas concretas' A Rússia exigiu, nesta terça-feira, "respostas concretas" antes de continuar discutindo sobre a Ucrânia. Na semana passada, três rodadas de negociações - em Genebra, Bruxelas e Viena - não trouxeram resultados concretos. >
Uma das principais exigências do governo russo é que a Otan ofereça garantias de que não vai se ampliar e integrar a Ucrânia. A Rússia também exige que americanos e seus aliados desistam de fazer manobras e implantações militares no leste europeu.>
Moscou "agora espera respostas a essas propostas, como nos prometeram, para continuar as negociações", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, nesta terça-feira, durante coletiva de imprensa ao lado de sua homóloga na Alemanha, Annalena Baerbock. >
Para os ocidentais, essas reivindicações são inaceitáveis, embora afirmem estarem dispostos a continuar com as negociações com o goveno russo para evitar um conflito armado. Por outro lado, o Reino Unido anunciou o envio de armamento à Ucrânia, como mísseis anti-tanques, após Kiev ter se queixado que os países ocidentais não pareciam interessados em reforçar sua ajuda militar ao país.>