SAF: Bellintani diz que busca investidores para o Bahia, mas mantém cautela

Recentemente o tricolor foi alvo de sondagem do Grupo City

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Nas últimas semanas o tema Sociedade Anônima do Futebol, a SAF, tomou conta das conversas entre os tricolores. Tudo começou após o Esquadrão ter sido sondado pelo Grupo City e outras duas empresas, como potencial alvo para investimentos. 

Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani não escondeu o jogo ao ser questionado se o clube pode adotar a SAF para passar a contar com investimentos externos. O dirigente disse que vem buscando propostas e que, muito em breve, os sócios do Esquadrão podem estar analisando algumas ofertas.

“Tem verdade. A SAF virou um tema muito recorrente no Brasil com o advento da lei no ano passado. Eu fui uma das pessoas que como representante dos clubes junto ao Congresso Nacional participei das discussões e elaboração da lei da SAF, conheço de trás para frente, o sentido dela. Desde que a lei foi promulgada a gente deixa claro que qualquer sentido de transformação em SAF ou não caberá aos sócios do Bahia, mas a mim, enquanto presidente, cabe ouvir ou até buscar propostas que possam ser interessantes para o clube”, disse Bellintani.

Apesar de confirmar o interesse em ouvir possíveis propostas, Bellintani lembrou que tudo está sendo feito com calma e que o Bahia não está desesperado por um investidor. O presidente tricolor também não falou em nomes nem confirmou se há negociações em andamento no momento.  

“Sem pressa, o Bahia não está no hall dos desesperados que precisam se transformar em SAF. O Bahia tem um endividamento histórico muito grande, teve um déficit significativo no ano de 2020, mas tem plenas condições de recuperar a capacidade financeira com gestão, com força, planejamento, e resultado dentro de campo”, ressaltou. 

“A SAF não é uma necessidade nem um desespero do Bahia, mas eu acredito que em breve sócios do clube e conselheiros possam estar debatendo propostas muito consistentes. Se elas vão ser suficientes para encantar e fazer com que a gente se transforme em SAF ou não, quem vai dizer isso é a democracia, é o sócio do clube. Mas a minha obrigação  é trazer o que há de melhor no mercado para ser analisado com muita cautela, muito cuidado, calma, como a gente construiu o clube até agora e vem reconstruindo”, completou. 

Recentemente o Conselho Deliberativo do Bahia criou um grupo de estudo sobre a SAF. A ideia é se aprofundar no tema e modelos existentes para o caso de o Esquadrão receber algum tipo de proposta concreta. Vale lembrar que para o tricolor se tornar uma SAF, a proposta deve ser aprovada pelo Conselho Deliberativo e pelos sócios através de AGE. 

O tema clube empresa tem causado certo furor no Brasil desde que Botafogo e Cruzeiro foram vendidos para o americano John Textor e o ex-jogador Ronaldo, respectivamente. O Vasco é outro que segue o mesmo caminho e assinou contrato não vinculante com a empresa 777 Partners. A venda depende agora da aprovação dos sócios.