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Saiba como funciona a segurança das urnas eletrônicas

Equipamento não tem conexão com internet e fica lacrado até dia da votação

  • D
  • Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2022 às 05:30

. Crédito: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As urnas eletrônicas percorrem uma verdadeira maratona para garantir a confiabilidade do processo eleitoral, cujo segundo turno das Eleições Gerais acontece neste domingo (30) em todo país. O equipamento passa por mais de 30 camadas de segurança, desde a abertura do código-fonte, um ano antes do pleito, até impressão do boletim de urna após o período de votação.

Titular da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (STI) do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), André Cavalcante garante que não há possibilidade de fraude virtual ou manual em razão da tecnologia utilizada na máquina. Ele esclarece que as urnas são totalmente desconectadas à internet, seja por cabeamento ou Wi-Fi, o que impede invasão por hackers. As caixas são ligadas apenas na tomada elétrica.

Já a fraude mecânica, que se encaixa em casos de inserir pen drive para alterar dados, também não corre risco de acontecer porque as máquinas são lacradas - com papel específico impresso pela Casa da Moeda - até o dia da eleição e seguem em constante monitoramento dos mesários. A preparação dos equipamentos para o segundo turno encerrou na terça-feira (25) na capital e continuaram até o sábado (29) no resto do estado. 

Entenda a sequência em dia de votação No início do dia da eleição, após retirar o lacre, é feita a “zerésima”, documento impresso pela urna atestando que nenhum voto foi computado previamente. O procedimento acontece em cada seção eleitoral a partir das 7h, na presença de mesários e fiscais de partidos políticos. Eleitores podem verificar o documento após abertura da seção. 

O secretário de TI ainda explica que durante votação há embaralhamento dos votos a partir do uso de algoritmo computacional para impedir mapeamento da sequência de votos. Ele diz ainda que as urnas possuem um software [programa] que funciona exclusivamente nas máquinas, ou seja, se instalar o programa em qualquer computador, por exemplo, não vai funcionar. Assim como se instalar outro software na urna, ela não funciona. Segundo Cavalcanti, essas são apenas algumas das formas de proteger os dados que entram na máquina.

A verificação continua após encerramento da votação, afirma o analista judiciário do TRE-BA, Jaime Barreiros. É quando há impressão do Boletim de Urna (BU), o resumo dos votos registrados após o período de votação. Ele é impresso por meio de uma bobina de papel dentro da própria máquina. 

O relatório mostra a identificação da seção eleitoral, da urna, o número de eleitores que compareceram e votaram e o resultado dos votos por candidato e por legenda, além dos votos brancos e nulos. 

No fim do pleito, pelo menos cinco vias do boletim de urna são impressas. Uma delas é colada na porta da seção eleitoral e pode ser verificada por qualquer eleitor. Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza, desde o primeiro turno, todos os resultados dos boletins no site oficial do órgão.

Além do BU, os dados são gravados e enviados por intranet [rede privada] para o TSE. “Essa é a demonstração da confiabilidade do resultado eleitoral. Os números do BU têm que ser iguais aos da Justiça Eleitoral”, revela Barreiros.  

Inspeções anteriores   Um ano antes do pleito, a Justiça Eleitoral abre o código-fonte dos sistemas das urnas eletrônicas – são instruções para fazer a máquina funcionar. Entidades fiscalizadoras – como os partidos políticos, as Forças Armadas e o Ministério Público - podem fazer testes e pedir esclarecimentos. Ao longo dos meses, uma série de testes de software e criptografia é realizada. 

O TRE-BA realiza também no domingo (30), durante o segundo turno, uma “votação paralela”, o Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas, na sede do órgão, das 8h às 17h. O procedimento consiste numa simulação de votação, inclusive, com urnas lacradas e realização das zerésimas, tal qual é feito na votação oficial. O objetivo é comparar ao final do procedimento, se os votos digitados correspondem aos resultados contidos na urna eletrônica ao final da votação, comprovando a lisura e segurança do processo.

A auditoria pública acontece em todo o país desde a década de 90 e nunca indicou resultado divergente. Segundo Cavalcante, duas seções terão participação de eleitores reais convidados após votarem em seções oficiais. Os canais dos tribunais transmitem o procedimento da auditoria. 

Um sorteio realizado neste sábado (29) determinou as urnas que participarão do teste.  As urnas que foram sorteadas são levadas para serem auditadas nas sedes dos Tribunais Regionais e outras urnas são preparadas para substituí-las nas seções originais.    No primeiro turno, 5 mil equipamentos de votação foram distribuídos pela capital baiana até o final do dia (Foto: Emilly Oliveira/CORREIO) A auditoria também ocorreu durante o 1º turno das Eleições Gerais, na ocasião, nenhum problema foi identificado nas urnas participantes dos procedimentos.

“A expectativa é que ocorra no domingo o que aconteceu em 2 de outubro. Nossa auditoria se deu com tranquilidade, nenhum tipo de impugnação”, ressalta o presidente do TRE-BA, Roberto Frank. 

SSP aumentou o reforço de policiamento para o segundo turno 

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) realiza, no próximo domingo (30), a segunda fase da Operação Eleições. Cerca de 34 mil policiais militares, civis, peritos e bombeiros militares estarão novamente alinhados ao uso de ferramentas tecnológicas para garantir segurança aos mais de 11 milhões de eleitores baianos no segundo turno das Eleições 2022.

Para evitar crimes eleitorais, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro de Operações e Inteligência (COI), foi reativado na segunda-feira (24), onde integrantes da SSP, de órgãos federais e municipais atuam em conjunto, monitorando a capital, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) e o interior. A célula permanecerá ativa até a madrugada de segunda-feira (31).

Na esteira da segurança das eleições, a Polícia Rodoviária Federal na Bahia (PRF-BA) iniciou na quinta-feira (27) a segunda fase da Operação Eleições 2022. A ação, que encerra no domingo (30), tem como objetivo reforçar a fiscalização de usuários que trafegam pelas rodovias federais. “Também serão feitas abordagens educativas aos motoristas que estarão se dirigindo aos domicílios eleitorais”, diz em nota a PRF-BA. A entidade não divulgou o número de policiais nas ruas “por questões de segurança orgânica”. *Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro.