Salvador identifica 82 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil

Dados foram coletados em abordagens diárias entre 14 de março e 5 de junho

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  • Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2020 às 15:14

- Atualizado há um ano

Desde o inicio da pandemia de covid-19, Salvador registrou 82 crianças e adolescentes em condição de trabalho infantil. A identificação foi feit pela prefeitura através da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), entre os dias 14 de março e 5 de junho. Também foram flagradas 116 crianças e 52 adolescentes vivenciando algum tipo de violação de direito.

Os dados são do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), que realiza abordagens diariamente, mesmo nesse período de enfrentamento ao novo coronavírus. Os casos foram encaminhados para os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e Conselhos Tutelares.

Nesta sexta-feira (12), data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, será promovida uma live, às 15h, com a temática “Trabalho infantil e assistência social”, no Instagram @sempresalvador. A iniciativa pretende esclarecer melhor a população sobre o tema.

Dinâmica “Nós trabalhamos com ações de conscientização, através das equipes do serviço especializado de abordagem, a fim de evitar todo e qualquer tipo de violação de direitos, em especial o trabalho infantil e violência sexual contra crianças e adolescentes. A garantia dos diretos das nossas crianças é fundamental no trabalho desenvolvido pela Sempre”, afirmou a titular da pasta, Juliana Portela.  

O órgão realiza o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), com abordagem social, oficinas, palestras, audiências públicas, mapeamento e identificação do público. A finalidade é identificar as diversas violações de direitos.

“Com isso, a pasta fortalece a rede de proteção social voltada ao público infantil, com atividades socioeducativas, serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, atendimentos na rede socioassistencial e alinhamento com órgãos fiscalizadores, com intuito de coibir a prática do trabalho infantil”, pontuou a técnica de referência do Peti, Adriana Vieira.