Salvador intensifica ações de prevenção às hepatites no Julho Amarelo

Procura por testes rápidos para hepatites B e C caiu 50% este ano

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  • Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2021 às 12:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Bruno Concha/Secom PMS

Como parte da campanha Julho Amarelo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador vai aumentar as ações de prevenção e cuidado em relação às hepatites virais. Essas ações incluem testes rápidos, vacinação e distribuição de preservativos nas unidades da rede municipal de saúde. A ideia é aumentar a conscientização da população sobre os riscos dessa doença, que atinge o fígado.

A campanha se inspira no 28 de julho, designado como o Dia Mundial de Luta contras as Hepatites Virais, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “As hepatites A, B e C são as mais comuns em Salvador e no Brasil. A hepatite A é transmitida de forma oral ou fecal. Urina escura, fezes esbranquiçadas e olhos amarelados são seus principais sintomas. Felizmente, em virtude das melhorias no saneamento básico da cidade, o número de casos desse tipo é cada vez menor”, explica Flávia Guimarães, enfermeira e técnica da Vigilância Sanitária de Salvador (Visa), responsável pela vigilância epidemiológica das hepatites virais.

A enfermeira diz que a procura por testes rápidos para detectar hepatites B e C caiu 50% na comparação com 2020. A recomendação é que adultos acima de 40 anos façam o teste pelo menos uma vez por ano. O mesmo vale para os grupos considerados mais vulneráveis à doença - comunidade LGBTQIA+, profissionais do sexo, população carcerária e pessoas em situação de rua.

Transmissão Para evitar transmissão da hepatite A, a orientação é o uso de preservativos nas relações sexuais, a lavagem frequente das mãos e dos alimentos antes do consumo, a ingestão de água filtrada ou fervida. “Já as hepatites B e C são silenciosas, podem começar como uma virose e se desenvolver para uma cirrose ou câncer de fígado. Contra a hepatite B, temos a vacina, disponível nas unidades de saúde de Salvador. No caso da hepatite C, havendo o diagnóstico precoce, o tratamento com a medicação tem 90% de chance de cura”, explicou Flávia.

Ela acrescentou que a hepatite B é transmitida pelo sangue, secreções e líquidos corporais contaminados. E que o vírus da hepatite C também se transmite, sobretudo, por via sanguínea.