São Paulo perde do River Plate e está eliminado da Libertadores

Argentinos avançam após vitória de 2x1

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  • Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2020 às 01:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: River Plate/Divulgação

O São Paulo está eliminado da Copa Libertadores de 2020. A equipe perdeu por 2 a 1 para o River Plate, na Argentina, na noite desta quarta-feira, e não terá mais chances de classificação para as oitavas de final na última rodada do Grupo D.  Como consolo, o São Paulo vai brigar na última rodada por uma vaga na Copa Sul-Americana. No dia 20 de outubro, o time recebe o Binacional, no Morumbi, e só não pode perder para assegurar o lugar no torneio. Na Libertadores, LDU e River Plate garantiram as duas vagas da chave. Estão com 12 e 10 pontos, respectivamente. O São Paulo tem 4 e o Binacional, 3. Time brasileiro mais vencedor da Libertadores, com três títulos, ao lado de Santos e Grêmio, o São Paulo vê seus tempos de glórias cada vez mais distantes. Em 20 edições disputadas do torneio, é a quarta vez que a equipe não avança da fase de grupos - as outras haviam sido em 1978, 1982 e 1987. A pior campanha foi no ano passado, quando caiu para o argentino Talleres ainda na segunda fase preliminar. Neste ano, o São Paulo começou a se complicar logo na estreia. O time teve chances de golear o Binacional, mas levou a virada por 2 a 1 em Juliaca, cidade do Peru com altitude de 3.800 metros acima do nível do mar. Após a pandemia do novo coronavírus, Juliaca não pôde mais receber jogos, facilitando a vida de LDU e River Plate, que venceram o adversário em Lima. Já a segunda rodada deu ânimo ao São Paulo: vitória imponente por 3 a 0 sobre a LDU, no Morumbi, com atuação que é apontada como a melhor do time em um ano sob o comando de Fernando Diniz. Mas aí veio a pandemia, e na volta da competição o São Paulo empatou por 2 a 2 com o River. Na sequência, perdeu por 4 a 2 para a LDU e passou a depender de um "milagre", que não aconteceu.O jogo O São Paulo teve atuação digna contra o River, mas não foi suficiente para ao menos empatar e seguir com um fio de esperança para a última rodada. No Estádio Libertadores de América, em Avellaneda (o Monumental de Nuñez passa por reforma), o entrosamento e a organização fizeram a diferença logo no começo da partida. Em poucos toques rápidos, a bola chegou para Julián Álvarez abrir o placar aos 10 minutos.

O River quase ampliou na sequência, mas Tiago Volpi defendeu o chute de Nacho Fernandez. O segundo gol do time argentino parecia ser questão de tempo, só que o São Paulo entrou no jogo e chegou ao empate aos 25, com Diego Costa, que aproveitou escanteio cobrado por Reinaldo. Surpreendentemente, o São Paulo até era um pouco melhor do que o River na segunda metade do primeiro tempo. Mas os argentinos voltaram a mostrar como jogam de forma fácil. Em contra-ataque, Suárez fez boa jogada individual pela esquerda e rolou para Julián Álvarez marcar, aos 36, seu segundo gol na partida. Para o segundo tempo, Fernando Diniz colocou Brenner no lugar de Hernanes. O time ficava mais com a bola e rondava a intermediária, mas o River era mais perigoso nos contra-ataques. O São Paulo novamente sentiu falta de Luciano, artilheiro da equipe no Brasileirão, com cinco gols - ele não atuou pela equipe na Libertadores devido à punição de três jogos causada pela confusão no clássico entre Grêmio e Inter, quando defendia o Tricolor gaúcho no primeiro semestre. Fernando Diniz também não teve Gabriel Sara, que se recupera de gastroenterocolite aguda, uma inflamação gastrointestinal. Hernanes foi o escolhido para atuar no meio de campo, mas pouco fez. O treinador ainda optou pela volta de Juanfran na lateral-direita no lugar de Igor Vinícius. Tanto o espanhol quanto Reinaldo, na outra ponta, sofreram na marcação. No fim do jogo, Paulinho Bóia e Tréllez entraram para pressionar em busca do empate. E o São Paulo perdeu chance incrível aos 39: Tchê Tchê cruzou, Brenner pegou de primeira e Armani fez grande defesa. Na sobra, Tréllez chutou e a bola desviou em Pinola e saiu para escanteio. Foi a chance final da equipe tricolor, que ainda teve Toró nos minutos finais. Com a eliminação, Fernando Diniz vê a pressão aumentar. Alvo de diversos protestos de torcedores, o treinador vem sendo bancado pela diretoria até agora.