SEC detalha ferramentas que serão usadas nas aulas virtuais na Bahia

Sem acesso à internet para todos os alunos, pasta cria mecanismo para tentar fazer o ensino acontecer

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  • Da Redação

Publicado em 10 de março de 2021 às 17:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

As ferramentas que serão usadas nas aulas virtuais na Bahia foram divulgadas, nesta quarta-feira (10), pela Secretaria da Educação do Estado (SEC). Whatsapp, Google Meet, e-mail, e canal exclusivo de TV serão algumas das plataformas usadas por professores e estudantes para o ensino remoto.

As aulas estão suspensas no estado desde março do ano passado. No dia 22 de fevereiro a pasta informou que 35% dos 417 municípios baianos tinham dificuldade com acesso à web e que o governo estava tentando resolver esse complicador antes do início das aulas remotas, marcado para 15 de março. Nesta quarta, foram divulgadas as estratégias para atender estudantes com ou sem acesso à internet.

Foram criados Cadernos de Apoio à Aprendizagem, materiais para uso do Whatsapp, um canal de TV exclusivo, o Educa Bahia, além dos Roteiros e Pílulas, dos recursos da Plataforma Anísio Teixeira e das sugestões de planos de ensino para auxiliar gestores e professores nas atividades remotas.

Haverá atividades síncronas e assíncronas, ou seja, que podem ter a interação professor-aluno em tempo real, como no caso de videoconferência, ou em tempos diferentes, com outros recursos educacionais, como o livro didático, os Cadernos de Apoio (digitais ou impressos), as salas virtuais e o uso educativo do whatsapp.

Cada professor terá autonomia na organização didática e nos recursos de interação, considerando as possibilidades de cada estudante com relação ao acesso à internet, se estável, instável ou inexistente.

Acesso estável Para os estudantes com acesso estável à internet, os professores podem utilizar recursos digitais, como o Google Meet, para interagir em tempo real de forma on-line, em horário pré-agendado, apresentando suas aulas, facilitando a participação ativa e interação dos estudantes, esclarecendo dúvidas e solicitando produções dinâmicas, como vídeos, áudios e mapas mentais digitais.

Ainda podem ser utilizadas ferramentas de interação, como as salas virtuais, e outros materiais on-line, incluindo os recursos educacionais abertos disponíveis na Plataforma Anísio Teixeira (www.pat.educacao.ba.gov.br). Devem ser valorizados também os experimentos feitos em casa, a leitura e a produção escrita.

Acesso instável Para o estudante com acesso instável à internet (menos de 2h diárias), a recomendação é fazer uso de áudios, podcasts e videoaulas (gravadas pelos professores, selecionadas por eles ou veiculadas pela TV Educa Bahia), que podem ser enviados por Whatsapp ou e-mail e também postadas no Classroom, interagindo em tempos diferentes, mas sem abrir mão dos espaços para o esclarecimento de dúvidas, devolutivas e correções (com respostas comentadas e construídas de forma coletiva).

Em nota, a SEC informou também que há, ainda, os cadernos de exercícios e roteiros de estudo. “Nessas circunstâncias, o Whatsapp e o Classroom, que demandam conexões menos robustas, podem ser bons aliados. Recursos como o ChatClass Bahia, os Formulários do Google e outros formatos tecnologicamente mais "econômicos" também podem ser utilizados para mobilizar o estudo individual em casa, orientado e supervisionado pelos professores”, diz a nota.

Sem acesso No caso de estudantes sem acesso à internet, a SEC afirma que se for possível captar o sinal da TV Educa Bahia, eles poderão acompanhar as aulas do EMITEC com o uso do Caderno de Apoio. Propõe-se, ainda, a organização de rotinas (com o uso de Roteiros de Estudo e Pílulas de Aprendizagem, construídos pela SEC) e o uso de diários de bordo, por meio do qual os alunos registram suas produções, sempre com acompanhamento da escola e dos professores.

Nesse formato, é importante que a organização didática considere a centralidade dos Cadernos de Apoio à Aprendizagem (impressos) e o suporte dos livros (didáticos, paradidáticos e de literatura).

A Secretaria recomendou que as escolas construam pastas individuais com os roteiros semanais e materiais impressos, facilitando a retirada e a entrega das atividades, a serem feitas nas escolas com pré-agendamento, a fim de evitar aglomeração.

A ideia é que essa organização também abra espaço para a utilização de cadernos de questões e simulados e correções feitas por meio de devolutivas escritas ou por telefone, que também pode ser um recurso importante para tirar dúvidas, a partir de horários pré-agendados.