Sede do Balé Folclórico, Teatro Miguel Santana é invadido por bandidos

Caso aconteceu no final da tarde desta segunda (22); direção acionou a polícia e solicitou imagens de câmeras de segurança

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 22 de março de 2021 às 21:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Sede do Balé Folclórico da Bahia, o Teatro Miguel Santana foi invadido por ladrões no final da tarde desta segunda-feira (22). Segundo o diretor da Companhia, Vavá Botelho, os homens foram vistos por policiais militares que faziam ronda na região. Eles pularam o muro que dá acesso ao casarão do Teatro e saíram carregando um saco grande e preto antes de fugirem correndo em direção à Ladeira do Ferrão em direção à Baixa dos Sapateiros.

Diretor artístico do Balé Folclórico, Zebrinha foi o primeiro a chegar ao local e também acionou a Guarda Civil Municipal. O diretor entrou em contato com a Polícia e com a empresa responsável pelo monitoramento do Teatro. Em contato com o CORREIO, Vavá Botelho afirmou que uma perícia será realizada pela Polícia Civil na manhã da próxima terça-feira (23) e a empresa de segurança contratada pelo BFB ajudará na vistoria apurando imagens de câmeras de segurança.

"Sabemos que há um policiamento ostensivo na região, mas esses casos de violência e marginalidade não são novos. É algo que acontece há muito tempo e agora com a pandemia os bandidos estão se aproveitando que muitas casas, restaurantes e espaços do Pelourinho estão fechados para invadir e roubar", afirmou Vavá Botelho.

O Balé Folclórico da Bahia está fechado há mais de um ano. Mais precisamente, desde o dia 16 de março de 2020 - e recebe vigilância 24h por dia. O CORREIO procurou as polícias militar e civil, mas não obteve respostas até o fechamento desta reportagem.

A pandemia impôs uma dura realidade ao Balé Folclórico, que enfrenta sérias dificuldades financeiras. No ano passado, a companhia realizou ações como a abertura de uma vaquinha virtual para continuar pagando a bolsa-auxílio de alunos e alguns bailarinos, além de fazer um mutirão de limpeza que ajudou a constatar prejuízos trazidos pela umidade da chave e o desuso de equipamentos como computadores e figurinos.

Segundo Vavá, a direção está se organizando para realizar um novo mutirão neste ano de 2021. Mas o diretor afirma que já não sabe de onde tirar forças e recursos para manter o Balé Folclórico.