'Sempre é preciso ter bom senso', diz médico sobre cirurgias plásticas; veja

Felipe Gois foi o entrevistado de Jorge Gauthier no programa Saúde e Bem Estar

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  • Felipe Aguiar

Publicado em 25 de maio de 2021 às 21:47

- Atualizado há um ano

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Atualmente, o Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. A nação alcançou esse lugar em 2020, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Dentre os milhares de procedimentos, a maior preocupação de quem decide passar por uma intervenção dessas é o resultado. De acordo com o cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Mestre em Cirurgia Plástica, professor universitário e pesquisador, Felipe Gois, a base de um resultado positivo está no bom senso do paciente e na relação de verdade entre o paciente e o profissional de saúde. “Bom senso. Sempre é preciso ter bom senso”, declara.

Felipe, que foi o convidado do programa Saúde e Bem Estar, do CORREIO, comandado pelo jornalista Jorge Gauthier, desta terça-feira (25), garante que a sinceridade e a clareza são necessárias neste diálogo. “A verdade é sempre a melhor forma para começar a relação médico-paciente”, reforça. Para o cirurgião, é preciso ajustar as expectativas do paciente e explicar as possíveis intercorrências da intervenção. Ele explica que seu lema é “jogar aberto e falar a verdade”.

O médico, no entanto, lembra que antes do paciente chegar ao consultório, é preciso fazer uma pesquisa. Felipe comenta sobre o longo processo de preparação do profissional para justificar a necessidade de uma verificação prévia da certificação do cirurgião plástico. Em seguida, o próximo passo é escutar as queixas do paciente. “Tento entender o que eu posso melhorar diante do que o incomoda”, explica sobre o cuidado em ouvir as demandas de quem está atendendo.

Sobre os procedimentos, o professor explica que o tempo de resposta pós cirurgias varia de pessoa para pessoa. “Não tem nada na literatura ou na minha experiência sobre isso”, conta. O cuidado que ele pontua acerca do pós-cirúrgico é sobre a ansiedade do paciente. “É preciso trabalhar com ela (a ansiedade)”, garante. Ao ser perguntado sobre os casos de harmonizações faciais que dão errado, Felipe confessa que é necessário o bom senso do paciente. E o cirurgião ainda reforça que não existe um limite determinado ou um ponto de parada. “O momento de parar é infinito”, conclui.

Felipe atua com ênfase em Lipoaspiração de alta definição (Lipo HD) e cirurgia plástica do paciente transgênero. Acerca da cirurgia plástica de redesignação de gênero, ele comenta que existe pouca literatura sobre o assunto. “A gente está iniciando uma grande história”, assegura. O médico ainda assegura que ele e os outros profissionais que se dedicam ao paciente transgênero estão “construindo a revolução de cirurgia plástica da próxima década”. Felipe também comenta sobre a relevância do assunto e a importância do espaço para ele ser pautado. “Nos deem espaço para falarmos sobre porque essas pessoas precisam ser ouvidas”, declara.

O Saúde & Bem-Estar é uma realização do Correio com o apoio do Sabin Medicina Diagnóstica.

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier