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Apesar do avanço histórico, setor ainda não recuperou perdas da pandemia, diz IBGE
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 12:00
- Atualizado há um ano
No mês de outubro, o volume do setor de serviços na Bahia seguiu com forte alta (10,8%) frente ao mês anterior, mostrando o terceiro avanço consecutivo nessa comparação e acelerando o ritmo de recomposição (havia sido de 6,8% de agosto para setembro). As informações foram divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (11). O resultado do setor, na passagem de setembro para outubro, foi o melhor registrado no estado desde o início da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), em 2011. Foi também o maior crescimento do país e muito acima do índice nacional (1,7%).
Apesar do avanço histórico, o setor de serviços baiano ainda não se recuperou das perdas causadas pela pandemia e segue acumulando baixas desde que se iniciou o isolamento social para combater a covid-19. Nos oito meses de março a outubro, os serviços retraíram 4,4% no estado. Ainda assim, de setembro para outubro, o desempenho dos serviços na Bahia (10,8%) liderou o movimento de resultados positivos verificados em 16 dos 26 estados e Distrito Federal.
Na comparação com o mesmo período no ano passado, entretanto, o setor de serviços baiano segue apresentando queda (-6,9%). Ainda que tenha havido uma desaceleração do ritmo de retração (havia sido de -16,4% em setembro), nesse confronto foi o pior mês de outubro desde 2016, quando o volume dos serviços na Bahia havia despencado -10,0%. Ainda assim, o desempenho baiano está um pouco melhor que o nacional (-7,4%).
No entanto, o setor de serviços na Bahia seguiu mostrando apenas resultados negativos em 2020, frente aos mesmos períodos de 2019, e acumulando um recuo de -17,2% de janeiro a outubro. Este ano é o pior para os serviços no estado desde o início da PMS, em 2011. Nesse indicador, o desempenho baiano se mantém o 2º pior dentre as 27 unidades da Federação, à frente apenas de Alagoas (-19,0%).
Queda na maioria dos grupos de atividades O recuo no volume do setor de serviços na Bahia em outubro, frente ao mesmo mês de 2019 (-6,9%), foi resultado de quedas em três dos cinco grupos de atividades investigadas pelo IBGE. Repetindo em parte o quadro verificado desde março, a atividade que mais teve importância para a queda geral do setor de serviços na Bahia, em outubro, foi a de serviços prestados às famílias (-32,8%). O segmento voltou a mostrar desaceleração no ritmo de queda, retraindo menos em outubro (-32,8%) do que em setembro (-48,5%). Continua, porém, o mais impactado pela pandemia, acumulando recuo de -44,7% no ano de 2020.
A queda do volume dos serviços na Bahia, em outubro, não foi maior por influência, sobretudo, da atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que tem o maior peso na estrutura do setor e mostrou crescimento de 2,8%, interrompendo uma sequência de oito resultados negativos seguidos. O grupo dos outros serviços (6,5%) também cresceu, na Bahia, em outubro de 2020. Serviços turísticos na Bahia têm a maior alta do país frente a setembro (24,4%), mas mantêm intensa queda em relação a outubro de 2019 (-31,9%).
Em outubro, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia seguiram em forte crescimento (24,4%) frente ao mês anterior (com ajuste sazonal). De janeiro a outubro de 2020, os serviços ligados ao turismo na Bahia acumulam queda de -41,1%, o pior desempenho para os primeiros dez meses do ano no estado desde o início da série histórica da PMS, em 2011. A queda na Bahia é um pouco pior que a registrada no Brasil como um todo (-38,2%). Nos 12 meses encerrados em outubro, os serviços turísticos baianos também apresentaram recuo acumulado (-33,7%), resultado um pouco abaixo do verificado no Brasil como um todo (-30,9%). Foto: Divulgação/Agência IBGE