Sexta de carnaval começa como um dia qualquer em Santo Antônio Além do Carmo

Movimento ficou mais intenso a partir das 22h

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  • Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2022 às 00:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Arisson Marinho/CORREIO)

O carnaval começou diferente nesta sexta-feira (25) no Santo Antônio Além do Carmo. Por lá, o movimento representava somente mais uma sexta qualquer. O glitter, purpurina, fantasias e até mesmo as músicas clássicas da maior festa de rua do mundo não se faziam presentes.

Sem festejar nas ruas pelo segundo ano consecutivo, o que seria o segundo dia de carnaval precisou ser impedido novamente para barrar a disseminação da covid-19. Eventos fechados poderão ocorrer neste período desde que sigam as normas de segurança. É obrigatório o uso de máscara de proteção, a apresentação do passaporte de vacinação com o esquema completo e o máximo de 1.500 pessoas no local.

No Carmo, dois bares puxavam todo o movimento. O primeiro deles, Oliveiras, fazia uma festa interna com música. As pessoas curtiam dentro do estabelecimento e também na calçada. O funcionário de um dos bares da região, Danilo Dutra, 30 anos, afirma que o local estava vazio se comparado com outros dias do mês: "É como uma sexta normal, a galera vem depois do trabalho, senta no barzinho e toma sua cerveja", relata. 

O hoteleiro Fred Brito, 43, nativo do bairro, conta que esperava mais da primeira sexta-feira de carnaval. "No meu hotel, o movimento reduziu cerca de 50%”. A atendente do bar Café e Cana Andressa Santalucia, 36, também confessa não ter visto nada de carnavalesco no ambiente: “Não vimos nenhuma fantasia, nem turistas, nada”. 

Com o passar da noite e com o movimento um pouco mais intenso no segundo estabelecimento mais movimentado da rua, Bar Cruz do Pascoal, duas mulheres e um homem destoaram do público no local: os três utilizavam fantasias e muito glitter. 

Letícia Andrade, 31, vestida de gatinha e com muita purpurina no corpo, afirma que estava sentindo falta da energia da maior festa de rua do mundo: “Cadê o confete, as cores vibrantes e brilhantes do carnaval?”, questiona a professora de inglês. Sua irmã estava vestida de abelhinha, com asas e tudo, e o rapaz que as acompanhava estava caracterizado de Maradona.  Letícia, sua irmã e o amigo fantasiado de Maradona (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Por volta das 22h, o local começou a ficar mais movimentado e mais pessoas se juntaram para curtir o carnaval, mas, com certeza, de uma forma muito diferente. No bairro, a fiscalização é intensa e, segundo pessoas que estavam no Carmo, isso acontece devido às comemorações do dia 2 de fevereiro. Com as restrições impostas no Rio Vermelho, os soteropolitanos se aglomeraram na escadaria da igreja do Santíssimo Sacramento do Passo e no largo da Cruz do Pascoal para dançar sem máscara ao som de uma fanfarra e comemorar o Dia de Iemanjá.  Pessoas se aglomeram sem máscara a partir das 22h (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Já no primeiro dia de carnaval, na última quinta-feira (24), as coisas foram diferentes, o movimento começou cedo. O bloco de fanfarra Gravata Doida, que tradicionalmente desfila nas ruas do Santo Antônio Além do Carmo no dia da abertura, fez o seu próprio baile, no espaço da Igreja do Santo Antônio, para matar a saudade dos foliões.

Marcado para começar às 19h, os primeiros foliões do Baile da Gravata começaram a chegar durante o pôr do sol. A fantasia, o glitter e as cores vibrantes estavam presentes no traje das pessoas, mas o que não se via era o item obrigatório: a máscara de proteção. 

A fanfarra do Charanga do Gravatá desfilou da praça até a entrada do evento. Os músicos estavam acompanhados por pessoas fantasiadas de bonecos. Muitos foliões seguiram o grupo, inclusive moradores do bairro.

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*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo