Sobe para 14 o número de mortes pelas chuvas em Minas

No Sudeste, Espírito Santo é outro estado afetado pelos temporais dos últimos dias

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  • Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2020 às 19:00

- Atualizado há um ano

Subiu para 14 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingiram Minas Gerais, informou a Defesa Civil de Minas Gerais neste sábado (25). Até a fim da tarde, o órgão havia contabilizado sete feridos, 2.590 desalojados e 911 desabrigados. As vítimas fatais estavam, em sua maioria, na capital, Belo Horizonte, e nas cidades de Ibirité e Betim, onde ocorreram deslizamentos de terra e soterramentos.

Ainda de acordo com a Defesa Civil mineira,  3.375 pessoas foram atingidas diretamente pela chuva em 36 municípios foram em todas as regiões do estado, sobretudo o Leste e Grande BH, áreas mais prejudicadas.

O governo federal realiza, neste sábado (25), uma reunião com diferentes órgãos e agências, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Regional, para traçar um plano de ação nos municípios mais prejudicados pelas chuvas. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) disparou o alerta máximo diante do elevado número de avisos de desastres naturais feitos nos últimos dias.

O ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Gustavo Canuto, vai sobrevoar as localidades mais afetadas nos próximos dias. Ao mesmo tempo, o governo federal já reconheceu de forma sumária (quando o quadro é tão crítico que a própria União toma a iniciativa de agir) situação de calamidade pública em quatro municípios de Espírito Santo, outros estado fortemente afetado pelas chuvas no Sudeste brasileiro: Iconha, Vargem Alta, Rio Novo do Sul e Alfredo Chaves. Também foi decretada situação de emergência em Belo Horizonte e Contagem.

Em situações como essa, os órgãos se articulam para agilizar ações em suas áreas, como envio de medicamentos e antecipação de benefícios sociais. Além disso, com o reconhecimento da calamidade ou da situação de emergência, os municípios estão aptos a elaborar seus planos de ação e pedir recursos ao governo federal para ajudar em iniciativas de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais ou reconstrução.

Segundo informações do MDR, Belo Horizonte é o município com o plano mais adiantado e deve conseguir a liberação dos recursos já no início da próxima semana. O valor ainda está sendo fechado de acordo com as necessidades emergenciais.

A definição da verba para os demais municípios também depende da conclusão dos seus planos. Representantes do governo federal estão nos locais atingidos desde o último fim de semana auxiliando as equipes locais nas ações de socorro, assistência e no dimensionamento dos anos para a elaboração do plano de ação.

Em Minas Gerais, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, coordena as ações desde o último domingo (19). Já no Espírito Santo, o coordenador do Cenad, Armin Braun, auxilia os trabalhos na região.