Solto após tentar feminicídio, homem mata a ex a facadas em Itaparica

Após liberação da Justiça, Rubenício concluiu 'plano' em praça pública

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  • Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 17:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Polícia Civil

Rubenício já tinha tentado matar ex-mulher, foi preso e depois solto por decisão judicial (Foto: Divulgação/Polícia Civil) Rubenício Vieira dos Santos, 48 anos, matou a ex-mulher, Andrea de Sousa Batista, 35, a golpes de faca, por não aceitar o fim do relacionamento. O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), na cidade de Itaparica, na Ilha de Itaparica, e não foi a primeira vez que o autor tentou tirar a vida de Andrea. A vítima, que já tinha medida protetiva contra o suspeito, chegou a ser socorrida para o Hospital Geral de Itaparica (HGI), onde morreu assim que deu entrada na unidade.

De acordo com informações da Polícia Civil, Rubenício, que é conhecido como Pandele, tem histórico de violência contra Andrea, e foi preso momentos depois do feminicídio, no bairro de Barroca, também na ilha. Andrea foi esfaqueada no início da manhã quando passava por uma praça (Foto: Reprodução) Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) informou que "a vítima foi agredida com golpes de faca, em via pública, na localidade conhecida como Sete Portas". Pandele foi autuado por feminicídio.

Segundo o delegado Artur Fernando Guimarães, responsável pelas investigações, Rubenício não aceitava o fim do relacionamento e já havia sido preso, em setembro deste ano, por tentar matar Andrea, mas teve a prisão convertida pela Justiça em medidas restritivas.

Também por meio de nota, a Polícia Militar informou que foi acionada para atender a uma ocorrência de violência contra a mulher, na localidade de Sete Portas, por volta de 7h desta segunda. Militares da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Vera Cruz) chegaram ao local e foram informados que a vítima já havia sido socorrida por populares. 

O suspeito foi levado para a 19ª Delegacia (Itaparica), e ainda deve passar por audiência de custódia para definir se ele será solto ou encaminhado para o sistema prisional.

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Outro feminicídio na Ilha será julgado dia 29 O taxista Ângelo da Silva, 25, acusado de também matar a facadas a ex-companheira na Ilha de Itaparica, vai a julgamento no próximo dia 29. Segundo as investigações, ele assassinou a pedagoga Helem Moreira dos Santos, 28, em Vera Cruz, em junho do ano passado, por não aceitar o fim do relacionamento. 

O destino do taxista, que está preso, será decidido em júri popular marcado para as 8h30 do próximo dia 29 de novembro, no Fórum de Itaparica, que fica em Mar Grande.

Em depoimento, Ângelo admitiu ter matado Helem, e disse que cometeu o crime após ter acesso a um vídeo íntimo de Helem com outro homem. À época da prisão, o titular da 24ª Delegacia (Vera Cruz), Geovane Paranhos, afirmou que o taxista alegou ter "perdido a cabeça" ao ver as imagens.

Na época do crime, a amiga Thiffany Odara revelou ao CORREIO que Helem chegou a pensar em sair de casa, dois meses antes de ser morta, por conta das ameaças de Ângelo. Ela também falou, na ocasião, sobre a possibilidade de o caso ir a júri popular. "[A alegação sobre o vídeo íntimo] é uma tentativa de se vitimar, porque o homem machista se sente dono do corpo da mulher e acha que a mulher tem que pagar com a vida", comentou Thiffany.

O Quilombo Ilha, grupo educacional que atua na inclusão dos negros na universidade, e do qual Helem fazia parte, está organizando uma manifestação com faixas e cartazes para o dia do julgamento, a fim de pressionar a condenação do taxista. Grupo convoca para manifestação no dia do julgamento de taxista, em Vera Cruz (Foto: Reprodução)