Suposta jurista Cátia Raulino depõe em delegacia sem apresentar provas   

Justificativa da acusada é não ter conseguido coletar os documentos por conta da pandemia 

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  • Marcela Vilar

Publicado em 26 de agosto de 2020 às 13:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nara Gentil/CORREIO

A suposta jurista Cátia Raulino, investigada por plágio e por exercício ilegal da profissão de advocacia, depôs nesta quarta-feira (26) na 9ª Delegacia (Boca do Rio), em Salvador. Cátia começou a ser ouvida pelo delegado Antônio Carlos Magalhães Santos por volta das 10h e não apresentou provas documentais sobre os títulos acadêmicos que diz ter em seu currículo Lattes, que foram negados por todas as universidades federais que o CORREIO entrou em contato. 

Segundo o delegado, a justificativa de Cátia para não apresentar os documentos foi a dificuldade em coletar os certificados por conta da pandemia. Ele deu o prazo de cinco dias para que a defesa apresente as provas documentais. 

Os advogados da suposta jurista alegam que têm como comprovar que Raulino tem os diplomas e que a carteira da OAB não seria da Bahia, mas de outro estado. No entanto, os defensores não quiserem dar mais detalhes sobre o assunto. Fabiano Pimentel, advogado principal da acusada, informou que fará um comunicado à imprensa ainda nesta quarta-feira.

Desde que o CORREIO fez a reportagem sobre a investigação, na semana passada, dois novos alunos, também da UniRuy, denunciaram Cátia Raulino no Ministério Público da Bahia, também acusando-a de plágio. Ao todo, ela acumula seis processos na Justiça - dois por exercício ilegal e irregular da profissão e quatro por plágio.

Solimar Musse, uma das alunas que denunciou a suposta advogada por plágio, aguardava na recepção da delegacia para também prestar depoimento ainda pela manhã desta quarta. Contudo, como ela pediu ao delegado para não encontrar com a antiga professora, seu depoimento foi remarcado para as 15h.  

*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro