Suspeitos de cometer série de assalto a bancos em Salvador são presos

Crimes ocorreram em três agências da Caixa entre abril e maio deste ano

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  • Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2021 às 21:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/SSP

Três suspeitos de participarem de roubos em três agências da Caixa Econômica Federal, localizadas no Largo do Tanque, Pau da Lima e Stella Maris, entre abril e maio deste ano, foram presos na tarde de quarta-feira (22).

Os homens foram capturados em uma casa, na localidade da ‘Estrada da Muriçoca’, na Avenida São Rafael, em Salvador, após uma ação conjunta da Rondesp Central e da Polícia Federal (PF). Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA), os três possuem passagens por tráfico de drogas.

O tenente Carlos Assis, da Rondesp Central, contou que os policiais montaram um cerco e iniciaram a captura. “Eles ainda tentaram fugir pelos fundos da casa, mas, nos posicionamos em locais estratégicos, evitando que escapassem”, afirmou. 

Com o trio, foram apreendidos uma submetralhadora, uma pistola turca de calibre 9 mm, carregadores, munições de calibres 9 mm e 5,56 (para fuzil), um tablete de maconha, 1.301 pinos de cocaína, um tablete do pó, seis embalagens com pedras grandes de crack, uma balança e quatro celulares. 

O material apreendido e os suspeitos foram encaminhados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), delegado Daniel Pinheiro, um dos presos foi identificado como o chefe de uma organização criminosa, atuante no bairro de Castelo Branco, e o outro como um ex-presidiário. 

“Eles foram autuados por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, seguem custodiados na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e, após audiência de custódia, seguirão para o presídio”, disse o delegado.

Explosões e tiros 

A série de assaltos a bancos, com direito a tiros e explosões, começou no dia 30 de abril, com um ataque à agência da Caixa localizada no Largo do Tanque. Um grupo explodiu o banco e fez cerca de 30 pessoas como reféns.

De acordo com testemunhas, os bandidos abordaram as pessoas que passavam pelo local, entre moradores, rodoviários e mototaxistas, para fazer uma espécie de escudo humano e bloquear a via. Quatro bandidos controlavam o trânsito de quem passava pelo local. Os reféns ficaram ajoelhados no meio da pista, enquanto os bandidos tentavam roubar a agência.

Outros dois ficaram dentro da agência explodindo os caixas eletrônicos. A ação durou 20 minutos.

A polícia chegou após as explosões. Em nota, a Polícia Militar informou que policiais militares da 9ª CIPM foram acionados para averiguar a informação sobre a explosão de caixas de autoatendimento.

"Com apoio da 37ª CIPM e Rondesp/BTS, as guarnições da unidade realizaram buscas na região, mas nenhum suspeito foi encontrado. A área foi isolada e preservada para realização da perícia pela Polícia Federal que investigará o caso", diz a nota enviada pela instituição.

O segundo ataque aconteceu na Rua Direta de São Marcos, em Pau da Lima, no dia 18 de maio. Na época, moradores da região relataram que ouviram muitos tiros e que alguns rodoviários que passavam no local viraram reféns dos bandidos. Um caminhão também foi usado para bloquear a via e facilitar a ação dos criminosos, que explodiram a agência. Ninguém foi preso.

Já o terceiro caso aconteceu quatro dias após o anterior, em Stella Maris. O ataque à agência aconteceu na Alameda Dilson Jatahy Fonseca, ao lado da Labchecap, por volta das 3h30. 

O modo de atuação foi semelhante aos outros casos, os bandidos realizaram o ataque coordenado e explodiram os caixas eletrônicos. Os bandidos fugiram do local logo após o crime. Os casos foram apurados pela Polícia Federal.