Taxista é esfaqueado após ser assaltado por passageiros no Calabar

A vítima conseguiu ir até o Hospital Geral do Estado (HGE)

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  • Eduardo Dias

Publicado em 26 de junho de 2019 às 08:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Eduardo Dias/CORREIO

O taxista Luiz Antônio Andrade Ribeiro, 60 anos, sofreu uma tentativa de homicídio, após ter sido roubado na madrugada desta quarta-feira (26), no bairro do Calabar, em Salvador. A vítima conseguiu ir até o Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi atendida na emergência e segue em observação. 

De acordo registro feito pela Polícia Civil na unidade médica, o taxista Luiz Antônio relatou que pegou um casal de passageiros na ladeira do HGE, por volta das 5h30, numa corrida para o bairro do Calabar. Ao final do percurso, os passageiros anunciaram o assalto e levaram o celular e R$ 120 da vítima, esfaqueando-a no pescoço ao final do crime.

Taxistas que trabalham no ponto do HGE relataram que Luiz não trabalhava lá. Ele tinha ponto fixo na rodoviária e teria vindo de outra corrida quando foi solicitado pelo casal.

Segundo o presidente da Associação Geral dos Taxistas (Agetaxi), Adenilton Paim, bairros como Cajazeiras, Castelo Branco, São Rafael, Federação, Itapuã, Suburbana, Liberdade, Fazenda Grande do Retiro e Stiep e Cabula lideram o ranking de bairros com mais frequência de registros de assaltos a taxistas.  Segundo ele, somente em junho deste ano 29 casos já foram registrados. Em 2019, esse número chega já chega a 196. 

“Nós pedimos mais segurança, mais abordagens aos carros, uma delegacia especializada, ou que as delegacias flexibilizem os boletins de ocorrências, pois é muita dificuldade para obtê-los. Existem colegas nossos que estão há mais de oito dias do assalto e até hoje não pegaram o boletim, por conta da estrutura das delegacias. Não se pode brincar com a vida dos seres humanos, já está chegando ao extremo. São quase 200 taxistas assaltados esse ano já. No ano passado tivemos o número de 336 no total. Ou seja, já passamos da metade do ano passado. Se continuarmos nessa situação, a tendência é, infelizmente, piorar. A categoria está com medo de sair para trabalhar, temos taxistas em depressão, com pânico, é uma situação deprimente", lamentou.

O caso foi registrado no Posto da Polícia Civil do HGE e está sendo investigado pela 7ª Delegacia do Rio Vermelho (7ª DT / Rio Vermelho), que trabalha para identificar e prender os autores.

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier