Tecnologia e acessibilidade permitem maior inclusão em parque aquático

Beach Park apresenta sua segunda atração com realidade virtual

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 15 de fevereiro de 2020 às 05:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Beach Park/Divulgação
. por Beach Park/Divulgação

A atividade na água, tradicionalmente, era encarada como um desafio para as pessoas com deficiência. Ao longo dos anos, com o desenvolvimento da medicina e da fisioterapia e, sobretudo, com uma atenção social maior a esses cidadãos, o mito vem sendo desconstruído. Os esportes aquáticos paralímpicos, além de atividades como o surfe adaptado, mostram algumas das possibilidades.

Mas num parque aquático, em que a água é condutora de uma série de desafios regados a adrenalina, a inclusão de pessoas com deficiência ainda é um caminho em seu começo. A elas se juntam, por muitas vezes, idosos, cardiopatas, gestantes e outras pessoas para as quais os toboáguas são uma diversão praticamente proibida, por conta da altura mínima (1,40m) ou peso máximo (120kg), por exemplo.

Para elas, a novidade á aliar tecnologia e acessibilidade. Em julho do ano passado, o Beach Park, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza, lançou sua primeira iniciativa no assunto, o Insano Virtual.

A atração é uma versão ‘alternativa’ do maior toboágua do parque (e do mundo), o Insano, uma descida de 41 metros, a 105 km/h e duração de 5 segundos. Convenhamos, não é pra qualquer um. Na versão virtual, a pessoa fica parada numa secção de toboágua e, com um óculos de realidade virtual, ‘faz’ a descida.

De acordo com Felipe Lima, diretor comercial do Beach Park, o sucesso surpreendeu. A atração chegou a receber um prêmio pela inovação e o parque resolveu investir no segmento. Neste Verão, lançou o Submerso, uma parceria com o Canal Off, voltado a esportes radicais. Nele, os clientes colocam uma máscara completa de mergulho e, com um óculos de realidade virtual, ‘mergulham’ junto a tubarões, tartarugas marinhas, arraias e peixes. Tudo dentro da água, acompanhados de perto por monitores.

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“São atrações que todos podem ir. Cadeirantes, crianças... Já temos uma programação especial no Dia Nacional da Pessoa com Deficiência e atendimento especial aos autistas. Queremos incluir de fato as pessoas com deficiência, junto com todos”, diz Lima.

O CORREIO testou a novidade e, apesar de uma certa ‘claustrofobia’ inicial, com o tempo e a confiança de que o monitor não te deixará se bater em paredes, o Submerso é bem interessante. Com ele e o Insano Virtual, o Beach Park acaba criando uma nova categoria de diversão, bastante importante nos dias atuais. “Ainda são atividades de baixo custo para a gente. Pretendemos investir bastante nesse segmento”, garante Lima, que preferiu não revelar o valor gasto pelo parque nas atrações.

Confira os vídeos do Beach Park sobre as atrações:

*O jornalista viajou a convite do Beach Park