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Sergio Moro diz que celular foi hackeado em 'invasão criminosa' e conversas foram vazadas
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2019 às 13:05
- Atualizado há um ano
O Telegram disse nesta terça-feira (11) que não há indícios de ataque hacker que provocou o vazamento de conversas entre o ex-juiz federal e ministro da Justiça, Sergio Moro, e de integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato no Paraná. O serviço de aplicativo de mensagens respondeu à pergunta feita no Twitter por um brasileiro.
O perfil do Telegram no Twitter disse em inglês que "não há evidência de nenhuma invasão". "É mais provável que tenha sido malware [um tipo de vírus] ou alguém que não esteja usando uma senha de verificação em duas etapas".
Neste domingo (9), o site The Intercept Brasil divulgou mensagens trocadas por Moro com o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.
As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material. O The Intercept tem entre seus fundadores Glenn Greenwald, americano radicado no Brasil que é um dos autores da reportagem.
De acordo com o site, há conversas escritas e gravadas nas quais Moro sugeriu mudança da ordem de fases da Lava Jato, além de dar conselhos, fornecer pistas e antecipar uma decisão a Dallagnol.
Os membros do Judiciário, que não haviam acionado a verificação em duas etapas, recurso que adiciona camada adicional de segurança às mensagens, tiveram suas conversas vazadas.
Ainda no domingo, a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR) afirmou que "seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes".