Testemunhas garantem que estudante picado por naja traficava cobras, diz jornal

Pedro Henrique Lehmkul é ligado a, pelo menos, 18 serpentes

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  • Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2020 às 11:19

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Pedro Henrique Santos Kambeck Lehmkul, o estudante de medicina veterinária picado por uma naja, foi apontado por testemunhas como integrante de uma quadrilha especializada em tráfico internacional de animais exóticos e silvestres. 

Segundo o jornal Correio Braziliense, pessoas ouvidas pela polícia disseram que Pedro, de 22 anos, comprava e vendia cobras exóticas desde 2019.

Uma servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi afastada nesta quinta-feira (23) suspeita de participar do esquema. Ela concedia, ilegalmente, licenças para o transporte de animais desse tipo. Os beneficiados eram pessoas próximas, inclusive Gabriel Ribeiro de Moura, 24, amigo de Pedro Henrique.

Desde a data do incidente, em 7 de julho, a 14ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal e o Ibama vêm deflagrando operações de buscas e apreensões nas casas dos suspeitos. Estima-se que Pedro Henrique esteja ligado há, pelo menos, 18 serpentes exóticas, entre elas a naja kaouthia.

Tanto a mãe de Pedro, a advogada Rose Meire Candido dos Santos, quanto o padrasto, o tenente-coronel da PMDF Clóvis Eduardo Condi, também são suspeitos de darem suporte ao tráfico. Outros três amigos de Pedro, incluindo Nelson Junior Soares Vasconcelos e Gabriel (preso na quarta-feira por atrapalhar as investigações e ocultar provas) também são investigados.

Todos são estudantes de medicina veterinária e, conforme o Correio Braziliense apontou, estudam na mesma faculdade, no Gama. 

Em depoimento, um dos conhecidos de Pedro afirmou saber que o estudante mantinha cobras em casa e que o jovem comprava e vendia as serpentes. A testemunha relatou que Gabriel Ribeiro tinha ficado encarregado em esconder as cobras e completou ressaltando que os dois são “imaturos, mas articulados, descolados e, visivelmente, engajados com o tema de animais silvestres.