Transporte e habitação fazem inflação na RMS ser a mais baixa desde 1994

No entanto, grupo de alimentação e bebida puxaram o IPCA para cima

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  • Yasmin Garrido

Publicado em 7 de dezembro de 2018 às 11:39

- Atualizado há um ano

O mês de novembro trouxe preços mais baixos para os moradores de Salvador e da Região Metropolitana. Isso porque, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação foi a menor registrada para o mês desde o mesmo período de 1994, quando o plano real ainda estava no início da implantação.

A inflação no período teve queda de 0,31%, o que representa uma desaceleração em relação a outubro, quando atingiu alta de 0,46%. Os números também ficaram abaixo da média nacional, que teve deflação de 0,21%, sendo o terceiro menor entre as 16 áreas investigada pelo IBGE.

Ainda segundo o órgão, transportes e habitação foram os principais responsáveis por puxar para baixo o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), tendo o primeiro sofrido a maior queda, de 1,55%, e o segundo reduzido 0,92%

E, para os motoristas, uma notícia boa. A gasolina teve a primeira queda depois de quatro anos consecutivos, com decréscimo de 4,23% no preço de venda, assim como a energia elétrica, com o terceiro recuo seguido e baixa de 5,45%. Apesar da queda, os dois itens se mantêm como as duas pressões inflacionárias de 2018, com aumentos acumulados de 16,74% e 16,76%, respectivamente.

Já a energia elétrica também sofreu queda, em razão da mudança na bandeira tarifária amarela, que passou a viger em novembro. Entre os demais combustíveis, o etanol teve um recuo importante de 8,47%, enquanto o diesel (-1,38) e o gás veicular (-0,03%) apresentaram menor deflação.

Outras quedas no mês são representadas pelos gastos com saúde e cuidados pessoais (-1,14%), com destaque para o perfume (-11,67) e vestuário (-1,33%). Os números colocam Salvador e a Região Metropolitana com deflação abaixo apenas de Brasília (0,43%) e da RM de Porto Alegre (-0,42). No mês, apenas o município de Goiânia (0,12%) teve alta no IPCA, e a inflação se manteve estável na Região Metropolitana de Belo Horizonte (0,00%).

Com o resultado de novembro, o IPCA acumulado no ano na RMS recuou para 3,45% (havia ficado em 3,78% em outubro), mantendo-se menor que a média nacional (3,59%). Nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA também desacelerou na RMS, para 3,56%, frente ao acumulado de outubro, quando bateu 3,61%, continuando abaixo do verificado no país como um todo (4,05%).

Alimentação e bebidas

No entanto, em novembro, os grupo das bebidas e alimentação tiveram alta no IPCA para a Região Metropolitana de Salvador, com 1,05%. Esse representa o maior aumento para o mês desde 2015, quando o índice foi de 2,81%,

Dentro do grupo, o principal alimento que puxou o índice para cima foi a farinha de mandioca, com alta de 11,62% no período. Os outros grupos em alta, em novembro, foram artigos de residência (0,76%), com destaque para o aumento no mobiliário (1,90%), e as despesas pessoais (0,25%), com influência importante dos empregados domésticos (0,37%).

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier