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Gabriel Rodrigues
Publicado em 31 de agosto de 2019 às 20:06
- Atualizado há 2 anos
Para muitos torcedores o gol marcado por Arthur Caíke, em cobrança de falta, aos 40 minutos do segundo tempo e que garantiu o triunfo do Bahia sobre o CSA, por 1x0, pode ter sido um daqueles golpes de sorte do futebol. Mas o técnico Roger Machado pensa bem diferente disso. Para o treinador, o elenco tricolor atingiu a maturidade necessária para saber sofrer e construir o resultado na Fonte Nova. >
"Eu não gosto muito de falar em sorte. A minha ideia de colocar Arthur Caíke teve lógica, um jogador que tem entrado bem. Uma jogada como foi... A gente já sabia que Arthur Caíke tem uma boa batida de falta", disse o treinador, antes de continuar o raciocínio: >
"Em nenhum momento a gente disse ou trabalhou facilidade contra o CSA. A gente sabia que seria um jogo duro, em alguns momentos o ambiente externo tenta nos induzir a uma facilidade por o CSA estar na parte de baixo da tabela. Eu preciso salientar a maturidade do meu time, que em momento algum se precipitou diante de uma equipe que Argel arrumou bem. A gente sabia que, se a gente não tomasse cuidado, ia tomar o contra-ataque. Foi o triunfo do trabalho, de saber a necessidade de pontuar", analisou Roger.>
O treinador explicou ainda que o pênalti perdido por Artur, no primeiro tempo, mexeu com o emocional dos atletas, mas afirmou que os jogadores souberam se recuperar bem durante a partida. >
"A perda de uma penalidade mexe emocionalmente. Mexe negativamente ao nosso favor, e positivamente para o adversário. Eu costumo dizer que existe uma parte do jogo que é emocional e troca de lado durante a partida. O intervalo foi de orientação tática, falando da dificuldade do jogo. Falei com os atletas que nenhum de nós imaginou que iríamos terminar o primeiro tempo com 3x0. O que a gente não poderia era entrar na ansiedade do ambiente, atacar de qualquer forma. Tínhamos que fazer o que estávamos fazendo e nos próximos 15, 20 minutos a gente poderia se expor um pouco mais, em um ambiente controlado, para tentar a vitória. Naturalmente o gol ia sair", disse Roger Machado.>
Mais ofensivo Contra o CSA, Roger mudou o esquema do Bahia e entrou em campo com Guerra como meia de ligação. Foi a primeira vez que o venezuelano atuou como titular da equipe. Na visão do treinador, o jogador conseguiu se sair bem, mas ainda será preciso fazer ajustes de posicionamento. >
"A entrada do Guerra era para ter mais controle do meio com técnica, com jogadores mais fortes para marcar. Um jogador que acomoda a bola, chega na área. Precisamos ajustar um pouco o posicionamento, no primeiro tempo ele já estava com 7 km. Que essa quilometragem possa ser redistribuída no campo. Ele foi muito bem, deu um passe para o Gilberto, outro lance que tentou por cima e o goleiro não caiu. Mas foi muito bem", elogiou, citando a distância percorrida pelo atleta.>
O próximo compromisso do Bahia será no sábado (7), quando visitará o Vasco, às 11h, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. Depois disso, o tricolor receberá o Fortaleza, no dia 15, às 16h, na Fonte Nova, no encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. >