Ufba suspende aulas noturnas após paralisação de vigilantes 

Profissionais argumentam que Ufba deve R$ 13 milhões à empresa terceirizada

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  • Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2019 às 16:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/CORREIO

Foto: Evandro Veiga/CORREIO A Universidade Federal da Bahia (Ufba) suspendeu as atividades que ocorreriam nesta quarta-feira (8) após as 18h30. A decisão foi tomada depois que os cerca de 400 vigilantes que atuam na instituição paralisaram as atividades desde a manhã por conta de uma dívida da universidade.

Após a recomendação da Reitoria, que também suspendeu as atividades, outros institutos já comunicaram seus alunos do fechamento, como as faculdades de Direito, Arquitetura e o Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (Ihac).

De acordo com os vigilantes, que são terceirizados do Grupo MAP, a Ufba deve cerca de R$ 13 milhões à empresa, o equivalente a três meses de serviço. Os vigilantes, porém, estão recebendo os salários. 

A categoria deve voltar a trabalhar normalmente nesta quinta-feira (9).

Crise A Ufba está passando por uma grave crise financeira. A instituição terá R$ 55.906.411 milhões a menos para o ano de 2019. Esse novo bloqueio – que pode configurar um corte, se não houver uma mudança até o fim do ano – aconteceu na última sexta-feira (3), justamente quando outras instituições, como o Instituto Federal Baiano (IFbaiano), notaram um bloqueio na casa dos 30% no orçamento de custeio.

Em nota enviada ao CORREIO, a Ufba confirmou a existência da dívida sem comentar, no entanto, qual seria o valor. A instituição também informou que o reitor, João Carlos Salles, está em Brasília "envidando esforços junto ao Ministério de Educação para a liberação de recursos para o pagamento da empresa [MAP]".

A Ufba acrescentou, ainda, que solicitou apoio de segurança junto à Polícia Militar. A reportagem procurou a corporação, que ainda não retornou o contato.