Último Sarau Bem Black do ano homenageia Mestre Moa do Katendê

Entre os convidados estão o percussionista Jorjão Bafafé, parceiro de Moa na criação do Afaxé Badauê

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 10:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Será no ritmo do ijexá que acontecerá nesta quarta-feira (19) o último Sarau Bem Black de 2018. O evento celebra a memória do Mestre Moa do Katendê (1954- 2018),  assassinado em outubro passado após uma discussão política. Comandado pelo poeta Nelson Maca, o sarau revisita o legado de Moa, marcado pelo forte traço de negritude afrobaiana, e seus desdobramentos na música popular brasileira.

Entre os convidados desta edição  estão o percussionista Jorjão Bafafé, que foi parceiro de Moa na criação do Afaxé Badauê, em 1978; o dançarino Negrizu; e os participantes do clipe Moço Lindo do Badauê, que será lançado no evento. Homenagem a Moa, o clipe tem concepção musical e base de Dj Gug e AquaHertz e  reúne rappers, dançarinos, músicos  e poetas. Oficina de Investigação Musical – Pelourinho (ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado). Hoje, às 19h. Gratuito.

Ao lado das homenagens, o Bem Black segue com sua estrutura tradicional, alternando os poetas da casa, os da plateia e a discotecagem, sua marca registrada. As quatro poetas residentes – Vera Lopes, Lúcia Santos, Luiza Gonçalves e Anajara Tavares – e o poeta Jairo Pinto declamam poemas autorais e clássicos da literatura negra. E o DJ Joe, responsável pela trilha sonora, apresentará, entre uma performance e outra,  ijexás compostos por Moa quanto de outros compositores que citam o Afoxé Badauê, a exemplo de Morais Moreira, Caetano Veloso e Carlinhos Brown. A noite conta ainda com participações especiais, como a do músico Bira Reis, anfitrião dessa edição.         

Será uma noite para relembrar a trajetória de Romualdo Rosário da Costa, que se formou na cultura popular afrobaiana e articulou como poucos a música, a dança, a capoeira e o artesanato. Sim, porque Moa fabricava instrumentos, desenhava e costurava as próprias roupas e compunha para blocos afro.  É autor do clássico Badauê, feita para o Ilê Aiyê e  eternizada no disco Cinema Transcendental por Caetano Veloso (1979).

Serviço:

O que: Sarau Bem Black – Homenagem a Moa do Katendê Quando: Quarta-feira (19), às 19h Onde: Oficina de Investigação Musical – Pelourinho  (Ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado) Entrada Gratuita