'Um estrondo forte', diz motorista de carro atingido em ataque a ônibus do Bahia

Professora diz que temeu tiroteio e acelerou para sair do local: "Baque forte"

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  • Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 12:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ana Lucia Albuquerque

A professora Cristiane Barroso dirigia o carro que também foi atingido no ataque ao ônibus do Bahia na noite da quinta-feira (24), na Avenida Bonocô. Ela prestou depoimento na 6ª Delegacia (Brotas) na manhã desta sexta e falou que na hora do atentado chegou a acreditar estar em meio a tiros. Ela não teve ferimentos, embora tenha ficado com muitos cacos e estilhaços nos cabelos.

Cristiane estava sozinha no carro indo para casa dos pais no momento do atentado. "Ia pegar o Dique, eu  vinha atrás de um ônibus, tinha um batedor também, achei que ele ia passar pra lateral do ônibus, até recuei um pouco para ele passar, mas ele deu uma olhada na lateral e retornou para o fundo do ônibus. Aí resolvei passar. Quando fui passando pela lateral do ônibus, ouvi um estrondo forte, uma nuvem de fumaça dentro do carro", contou. (Foto: Ana Lúcia Albuquerque) Ela diz que sua primeira preocupação foi se afastar. "Olhei um pouco ao redor, enxerguei o ônibus e segui direto para sair do cenário, porque achei que ia ter troca de tiro, algo maior. Aí segui e cheguei na Fonte Nova, onde parei. Gostaria de agradecer ao porteiro, segurança, que me prestou atendimento, me deu uma água. Os policiais vieram, começaram a esclarecer que tinha acontecido um ataque e bombas caseiras arremessadas. Na hora pensei que era tiro", continuou.

Depois, Cristiane foi para casa. "E hoje estou vindo registrar. Lembrar que esporte é forma de vida, de educação, e que a gente tem que viver um momento mais de paz, especialmente na pandemia, momento de situação critica", afirmou. "Cacos de vidro dentro do cabelo, vários estilhaços. Eu tinha a pressão 11 por 7, hoje deu 14. Saindo daqui vou providenciar ir ao médico saber como estou emocionalmente, é um baque forte".