Uma lista por aí e por aqui

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  • Clara Albuquerque

Publicado em 15 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A lista de Tite é muito boa e, há muito tempo, a Seleção não era vista com tanto favoritismo para uma Copa do Mundo como agora. Principalmente no exterior, onde o 7x1 não é tão lembrado (e sofrido) como no Brasil. A escolha dos 23 convocados é, em geral, muito bem vista por aqui, até porque apenas quatro jogadores não atuam na Europa e, pode ter certeza, o pessoal por aqui não acompanha muito o que acontece no futebol por aí.

Qualquer pessoa que acompanhe minimamente futebol, no Brasil, sabe falar alguma coisa, como um jogador importante ou um título, provavelmente, de pelo menos uns cinco clubes europeus. Por aqui, a maioria dos torcedores dos grandes clubes consegue apenas citar, e com dificuldade, o nome de dois ou três clubes brasileiros (normalmente Santos, Flamengo e Palmeiras). Por isso, analisar uma Seleção com 19 jogadores atuando na Europa parece ser até mais lógico pra quem está por aqui do que pela própria torcida brasileira que acompanha mais de perto apenas três jogadores da lista (Cássio, Geromel e Fagner).

Vejamos a principal “polêmica” da lista: o atacante Taison. Baseado no momento, eu não levaria o jogador do Shakhtar Donetsk para a Rússia, mas a convocação dele foi vista de forma muito mais dramática pela torcida e pela imprensa brasileira do que pelos jornalistas que cobrem e vivem diariamente o futebol europeu. Porque, ainda que seja um dos pontos questionáveis entre os escolhidos, é preciso admitir, Taison não é um estranho na atualidade por aqui. Como o próprio Tite justificou, “ele tem 80 jogos entre Champions e Europa League”, ora bolas. O caso de Fred, companheiro de Taison na Ucrânia, e também questionado por alguns, no entanto, é completamente diferente. O volante faz uma temporada consistente e em altíssimo nível e até taticamente me parece uma opção bastante interessante pra Seleção. Estaria na minha lista.

Em relação a de Tite, aliás, eu faria apenas três mudanças: Arthur (Grêmio), Alex Sandro (Juventus) e Rafinha (Bayern de Munique). Se as laterais do Brasil eram motivo de muita discussão, com a lesão de Daniel Alves, o assunto esquentou. Antes, a dúvida estava nos reservas, mas com o corte do baiano, será preciso fabricar um titular para a direita e, sinceramente, nem mesmo as minhas opções me convencem. Danilo, um dos convocados de Tite, foi reserva boa parte da temporada e/ou atuou fora de posição. Já Rafinha, apesar de toda a experiência, consistência e ótima temporada, teve pouquíssimas chances com Tite e não teria coerência, de repente, virar titular. Por fim, o outro escolhido, Fagner, vem de lesão e, na minha opinião, não é melhor que Rafinha. A verdade é que Daniel Alves deixa um buraco que nenhum deles pode preencher. Na esquerda, a sensação é de que deixar tanto Filipe Luís quanto Alex Sandro fora da lista parece injustiça. Mas levar qualquer um dos dois também é seguramente justo.

Às claras Se a lista de Tite, em geral, foi bem recebida por aqui, existe sempre um ou outro nome cobrado em cada país. Em Portugal, a não convocação de Jonas, que joga no Benfica, por exemplo, é uma incógnita: como um atacante que tem 37 gols e 6 assistências na temporada não foi nem considerado? Na Itália, além de Alex Sandro, a ausência sentida é do volante Allan, do Napoli.