Uruguai registra caso de 'fungo negro' em paciente que teve covid

Mucormicose foi detectado em larga escala na Índia

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  • Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2021 às 08:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP

Um caso de mucormicose, também conhecido como "fungo negro", foi detectado no Uruguai em um paciente que teve covid-19 dias antes. Este quadro foi detectado em larga escala e disparou alarmes na Índia.

O paciente, que é diabético e tem menos de 50 anos, começou a apresentar necrose (morte de tecido) na área das mucosas cerca de dez dias após o teste positivo para o coronavírus, segundo o jornal El País.

A infectologista Zaida Arteta, referência em micologia, explicou como funciona este fungo, que aparece "de vez em quando", embora este seja o primeiro associado ao vírus pandêmico.

"O que ele faz é invadir alguns tecidos. Principalmente, nesses casos secundários à Covid, nos seios paranasais e no pulmão", explicou em declarações ao canal local 4.

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No entanto, esclareceu que, dentro do espectro de fungos que podem atacar pessoas com problemas nas defesas do organismo, doenças debilitantes do sistema imunológico ou lesões, "é um dos menos frequentes".

O caso repercutiu principalmente devido aos alarmes disparados frente a quadros semelhantes na Índia, onde a mucormicose custou centenas de vidas entre convalescentes de Covid-19, segundo a imprensa local.

Os afetados por esse fungo costumavam ser pessoas com diabetes, HIV ou pacientes transplantados com organismos imunossuprimidos.

No entanto, Arteta esclareceu que na Índia as condições de higiene e contaminação ambiental em residências, hospitais e ruas são diferentes das do Uruguai, com mais poeira e esporos deste fungo no país asiático.