Uso emergencial da Vacina contra a Covid-19 será decidido no domingo por diretores da Anvisa

Reunião terá início às 10h e transmissão online

Publicado em 16 de janeiro de 2021 às 16:50

- Atualizado há um ano

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Os pedidos de uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19 no Brasil serão analisados neste domingo (17), a partir das 10h, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cinco integrantes da diretoria colegiada do órgão serão os responsáveis por tomar a decisão, segundo o G1.

Esta é a primeira vez que o colegiado se reúne em um domingo, afirma a Anvisa. O encontro deve durar cinco horas e terá transmissão ao vivo pelos canais digitais do órgão. Um dos pedidos a ser analisado é o enviado pelo Instituto Butantan para a aplicação da CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório Sinovac. O segundo é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que solicitou o uso da vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca.

Por acontecer fora do rito convencional de registro de vacinas no país, a decisão sobre o uso emergencial cabe à diretoria colegiada. De acordo com a Anvisa, os diretores vão analisar os pareceres elaborados por três áreas técnicas que somam, ao todo, 50 pessoas.

Os pareceres são divididos entre as equipes que atuam em registro de medicamentos; certificação de boas práticas de fabricação; e farmacovigilância de medicamentos (monitoramento do produto no mercado). Após a votação da diretoria colegiada, a decisão passa a valer com a publicação do resultado e a notificação da entidade que ingressou o pedido, explica a Anvisa.

Durante o processo, serão avaliados os itens de qualidade; boas práticas de fabricação; estratégias de monitoramento e controle; resultados provisórios de ensaios clínicos. A empresa que entrou com o pedido precisa comprovar que a fabricação e a estabilidade do produto garantem a qualidade da vacina, afirma a Anvisa.

Caso seja aprovada, a vacina com uso emergencial não pode ser comercializada, apenas distribuída no sistema público de saúde. A liberação pode ser revogada pela Anvisa a qualquer momento.