Veja como está ficando a Casa do Carnaval, que abre daqui a um mês

Museu na Praça da Sé vai contar três séculos de história da folia baiana

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 04:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/CORREIO

A partir de 5 de fevereiro, Salvador terá um museu destinado exclusivamente à história do Carnaval da Bahia. A Casa do Carnaval, com curadoria de Gringo Cardía, ficará na Casa do Frontispício, ao lado do Plano Inclinado Gonçalves, na Praça da Sé, entre a Catedral Basílica e o prédio da Coelba, e promete transportar os visitantes, em qualquer época do ano, ao Carnaval de Salvador. A proposta é contar, através da tecnologia, três séculos de história da maior festa de rua do mundo.

A menos de um mês da inauguração, a estrutura do prédio está pronta, recebendo apenas intervenções finais para implantação do acervo, exclusivamente ao Carnaval. Ao comprar o ingresso antecipado, o visitante terá acesso a três andares multimídia.

[[galeria]]

No térreo, duas salas contam a história do Carnaval, desde a festa das elites, o carnaval de clubes, o popular, os blocos de índios até os dias atuais. Na primeira sala, o visitante poderá acessar os vídeos: serão 18 conteúdos históricos, 200 miniaturas de personagens do Carnaval, maquete dos circuitos, adereços, além de poder conhecer como a festa é feita.

A segunda sala, ainda no térreo, é direcionada ao tema Criatividade e Ritmos do Carnaval da Bahia. Modulada com seis espaços, a sala contém 12 vídeos contando a forma com que o Carnaval da Bahia é visto pelo mundo. É nessa sala que fantasias e figurinos de grandes artistas estarão expostos, além da mistura de ritmos, a história do samba e do pagode na festa, dos trios elétricos e dos blocos, a herança do tambor e da guitarra baiana.

[[publicidade]]

No primeiro andar estão dois cinemas interativos que prometem ter a potência do trio elétrico e transportar a pessoa para o Carnaval de Salvador. A capacidade é de 30 pessoas por sala. Serão disponibilizados 11 filmes com dez minutos de duração cada.“Nessa sala, o visitante terá a sensação de estar na rua, com a música baiana e seus artistas. A ideia é a interação, que todos vivam a experiência de estar no Carnaval de Salvador”, explicou o secretário municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco.Artistas colaboraram com o material e fizeram escolhas próprias para os vídeos que serão exibidos. “Luiz Caldas escolheu Fricote para tocar. Carlinhos Brown escolheu Magalenha”, diz Tinoco.

Subimos mais um pouco: no segundo andar, além de uma vista para a Baía de Todos os Santos, estará o Terraço do Samba, com um Café Bar e um ‘micro palco’. A ideia, de acordo com Tinoco, é que o espaço seja utilizado por artistas para anunciar lançamentos, blocos. Um dos vários locais da casa com vista para o Elevador Lacerda (Foto: Marina Silva/CORREIO) A possibilidade de abrir o local para visitação e espaço de contemplação da vista está sendo estudada. A realização de um Seminário Internacional sobre os Carnavais do Mundo já está agendada para o segundo semestre de 2018.

O subsolo é administrativo, mas esconde boas coisas: é lá que pesquisas sobre o Carnaval serão realizadas, além de produção de indicadores, observatório e projeção dos futuros carnavais.

Com vasto conteúdo histórico, Tinoco pretende atrair tanto os turistas como soteropolitanos. “O museu está localizado no coração da cidade, no Centro Histórico, onde os turistas geralmente vêm quando estão em Salvador. Mas por ter a história do Carnaval, ele poderá atrair soteropolitanos também. E a nossa ideia é essa”, conta.

A possibilidade de realizar ações em parceria com a iniciativa privada não é descartada. Apesar do valor do ticket não ser divulgado, Tinoco conta que ele já está fechado. Será um valor único em que o visitante escolhe a programação que irá fazer. A capacidade do local é de cerca de 120 pessoas por vez.