Vendas do varejo baiano crescem 2,3% em relação a dezembro

Em frente janeiro de 2021, vendas caem 7,7%

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  • Da Redação

Publicado em 10 de março de 2022 às 21:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

As vendas do varejo na Bahia, em janeiro de 2022, voltaram a crescer em relação ao mês de dezembro de 2021. O crescimento de 2,3% acontece após sete recuos consecutivos nessa comparação, que não leva em conta influências sazonais, como o Natal. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Apesar do resultado positivo, o volume de vendas na Bahia iniciou o ano de 2022 bem abaixo (-8,7%) do patamar registrado em fevereiro de 2020, na pré-pandemia. Isso depois de fechar 2021 com recuo de 10,8% nesta comparação. O resultado do comércio varejista baiano entre dezembro do ano passado e janeiro de 2022 (2,3%) foi melhor que o nacional (0,8%) e acompanhou o movimento de alta verificado em 15 das 27 unidades da Federação.

Rio de Janeiro (3,0%), Alagoas (2,8%) e Pernambuco (2,5%) tiveram os maiores crescimentos. A Bahia aparece em 4° lugar. No outro extremo, Amapá (-3,7%), Rio Grande do Norte (-1,8%) e Amazonas (-1,7%) mostraram as quedas mais intensas. Já na comparação de janeiro de 2022 com janeiro do ano passado, o resultado das vendas do varejo na Bahia seguiu negativo, mostrando queda de 7,7%. Foi o sexto recuo consecutivo no volume de vendas, nesse confronto com o mesmo mês do ano anterior, e um resultado pior que o verificado no Brasil como um todo (-1,9%). 

Além disso, o primeiro mês do ano foi ainda o pior janeiro para as vendas do varejo no estado desde 2016, quando havia sido registrada uma queda de 13,6%. Frente a janeiro de 2021, 16 das 27 unidades da Federação tiveram recuos nas vendas. Os piores resultados foram registrados no Amapá (-10,8%), em Sergipe (-8,9%) e no Distrito Federal (-7,8%). A Bahia teve a 4ª queda mais intensa. Por outro lado, Amazonas (35,3%), Roraima (75,5%) e Espírito Santo (7,2%) registraram as maiores altas. 

Com o desempenho de janeiro, as vendas do varejo baiano se mantiveram com uma queda de 1,0% no acumulado nos últimos 12 meses (frente aos 12 meses anteriores). Nesse confronto, o estado tem o 8° pior resultado do país. O Brasil como um todo mostra avanço de 1,3%. Piauí (9,5%), Rondônia (8,2%) e Espírito Santo (7,1%) lideram entre os resultados positivos, enquanto Tocantins (-7,6%), Distrito Federal (-5,0%) e Paraíba (-4,3%) mostram as quedas mais intensas. Quedas nas vendas de móveis e eletrodomésticos (-20,4%) e supermercados (-8,5%) puxam recuo geral do varejo baiano em janeiro. 

Dados do IBGE mostram ainda que cinco das oito atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) feitas na Bahia em janeiro tiveram quedas nas vendas, frente ao mesmo mês de 2021. O maior recuo foi verificado no segmento de móveis e eletrodomésticos (-30,2%), que também exerceu a principal influência negativa no resultado geral das vendas do varejo no estado. As vendas dessa atividade também registram a maior queda na Bahia no acumulado em 12 meses (-10,0%). 

As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também caíram (-8,5%). A atividade mostrou o terceiro recuo mais intenso na Bahia, em janeiro, mas, por ter o maior peso na estrutura do comércio varejista baiano, exerceu a segunda principal pressão de baixa no resultado geral do setor. As vendas dos supermercados têm o segundo pior resultado do varejo baiano nos 12 meses encerrados em janeiro (-9,7%).

Outro destaque negativo, em janeiro, veio das vendas de combustíveis e lubrificantes, que recuaram 19,3%, apresentando o segundo pior resultado do mês, dentre as atividades, e a terceira principal influência negativa no resultado geral, na Bahia. Dentre os segmentos com crescimentos nas vendas, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi o principal destaque, com a maior alta (24,4%) e a principal influência no sentido de conter a queda do varejo baiano em janeiro. Em seguida, praticamente empatadas em termos de contribuição positiva, vieram as atividades de artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (11,9%). 

Varejo ampliado As vendas do varejo ampliado na Bahia crescem tanto frente a dezembro (4,1%) quanto a janeiro de 2020 (4,4%), puxadas por automóveis (49,6%). Em janeiro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano cresceu frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais (4,1%). Foi um resultado bem superior ao nacional (-0,3%) e o 2° melhor entre os 27 estados, abaixo apenas do registrado em Sergipe (6,1%). 

Se comparado com janeiro de 2021, as vendas do varejo ampliado na Bahia também tiveram alta no mesmo mês deste ano (4,4%), mostrando um resultado acima do nacional (-1,5%). Por sua vez, nos 12 meses encerrados em janeiro, as vendas do varejo ampliado na Bahia acumulam crescimento de 8,2%, acima do verificado no país como um todo (4,6%). 

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. No confronto com janeiro de 2021, as vendas de veículos na Bahia tiveram forte alta (49,6%), acumulando crescimento de 50,6% no acumulado em 12 meses. Já o comércio de material de construção teve queda no primeiro mês de 2022 (-14,3%) e mostra recuo de 12,2% no acumulado em 12 meses.