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Vítima de feminicídio no Uruguai vivia relacionamento abusivo há 13 anos

Renata do Carmo foi morta depois de ser espancada pelo ex-companheiro, Ubirajara de Santana Júnior, 32, na manhã de sexta (27)​​​​​​​

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Amorim
  • Gabriel Amorim

Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 18:22

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Fotos de Acervo Pessoal

“Eu só quero que ele seja encontrado, e que a polícia faça o que deve ser feito com ele”. É o que espera Kátia Santos, mãe de Renata Caroline Paiva do Carmo, 29 anos, morta depois de ser espancada pelo ex-companheiro Ubirajara de Santana Júnior, 32, na manhã da última  sexta-feira (27), no bairro do Uruguai, em Salvador. 

O corpo de Renata, que trabalhava como caixa em uma loja de roupas no bairro do Comércio, foi enterrado na tarde deste sábado (28) no Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco, no bairro da Baixa de Quintas, em Salvador.

“Ela era uma moça maravilhosa, me tratava bem, sempre muito correta, esforçada. Desde os 12 anos de idade vendia bijuteria pra ganhar o próprio dinheiro. Aos 16 anos conheceu esse homem que agora tirou a vida dela”, contou a mãe, logo após o sepultamento. 

Ainda segundo a mãe da vítima, o relacionamento entre sua filha e o acusado foi bastante conturbado durante os treze anos em que durou, desde 2006. O relacionamento, segundo a mãe, foi abusivo, com Renata apanhando e Ubirajara sem aceitar as diversas tentativas de término.  Neste Natal, a decisão de Renata em colocar um ponto final na relação foi a motivação do suspeito. “Ela morava em uma  casa afastada e eu não via, ela apanhou, de muleta, murro. Ele pedia perdão e ela aceitava. Agora ela não queria mais ele, colocou ele pra fora”, contou a mãe.  Ubirajara teve a prisão decretada no mesmo dia que Renata morreu (Foto:Divulgação/Polícia Civil) O crime, no entanto, aconteceu na casa da mãe da vítima, na Rua Suzana de Freitas, no bairro do Uruguai. Renata estava vivendo em cima da casa de sua mãe com as duas filhas - do relacionamento com Ubirajara - quando tudo aconteceu. “Ele não aceitou, escalou um poste, invadiu e tirou a vida da minha filha”, contou Kátia 

Segundo relatos de uma amiga que trabalhou com Renata, mas não quis se identificar, eram recorrentes os relatos de agressão sofridos por Jéssica. “Depois que a gente foi desconfiando de que alguma coisa errada estava acontecendo a gente dava conselho, dizia para ela sair”, contou. Segundo a amiga, Renata chegou a apanhar do suspeito no dia de Natal, última quarta-feira (25). “Dois dias antes, dia 23, ele bateu na filha. No Natal bateu nela”, conta. Renata e Ubirajara têm juntos duas filhas: uma de doze e outra de dois anos. 

Ainda segundo parentes, a vítima já tinha registrado queixa duas vezes contra o ex-companheiro. “A última queixa foi na semana passada, mas infelizmente ela não saiu de casa e ele sabia onde ela tava”, disse.

Acusado de matar a ex-companheira Renata, Ubirajara de Santana Júnior, 32, teve e teve mandado de prisão decretado pela Justiça. Renata chegou a ser socorrida ao Hospital do Subúrbio, mas não resistiu às lesões. 

Segundo a Polícia Civil, equipes da 3ª Delegacia de Homicídio (DH/BTS) estão à procura de Ubirajara que teve o mandado de prisão decretado pela Justiça na sexta-feira (27), após o feminicídio da ex- companheira.

A coordenadora da 3ª DH / BTS, delegada Clelba Teles, informa que as pessoas podem denunciar, sem precisar se identificar. “Estamos realizando diligências para localizar e prender Ubirajara, mas a colaboração da sociedade é fundamental”, afirma.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Ubirajara de Santana, pode denunciar pelo Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (SSP-Ba), no (71) 3235-0000 e 181 para quem estiver no interior do estado.

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier