Vitória visita o Criciúma para tentar abrir vantagem para o Z4

Leão nunca conseguiu se distanciar mais do que dois pontos da zona

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  • Vitor Villar

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Letícia Martins / EC Vitória

O Vitória tem vivido numa corda bamba, entre o Z4 e a salvação, desde a primeira rodada da Série B. Nesta terça-feira (15), o rubro-negro terá uma chance de, finalmente, respirar tranquilo e folgado na tabela. O Leão enfrenta o Criciúma, a partir das 19h15, fora de casa, pela 29ª rodada.

Ao longo de 28 partidas da competição, o Vitória nunca conseguiu abrir mais do que dois pontos de diferença para a zona de rebaixamento. A equipe chegou a 29ª rodada justamente com essa vantagem: 32 pontos para o Vitória e 30 para o 17º colocado, o Vila Nova.

Essa barreira tem tudo para ser rompida. O próprio Criciúma é um adversário direto: aparece como 18º colocado, e o Leão pode forçá-lo a parar nos 28 pontos em caso de triunfo – ficando, assim, sete pontos atrás do rubro-negro.

O atual referencial para o Vitória, que é o Vila Nova, tem um jogo difícil pela frente. Também nesta terça, porém às 20h30, visita o América-MG, atual 5º colocado do torneio. Já o Londrina, 16º, recebe em casa o Figueirense, lanterna, às 19h15.

Caso a rodada termine perfeita, o Leão ganharia mais uma posição na tabela, já que chegaria a 35 pontos e ultrapassaria o Oeste, atualmente 14º, com 34 pontos, e que visita o líder Bragantino a partir das 21h30.

Sempre no aperto

Nem mesmo nos primeiros jogos da Série B o Vitória conseguiu uma vantagem maior que dois pontos para a zona. Na primeira rodada, perdeu para o Botafogo-SP e foi direto para a 18ª colocação.

Na segunda rodada, venceu o Vila Nova por 2x1 em casa e pulou para 10º, sua melhor posição na tabela em todo o campeonato. Porém, tinha três pontos, dois acima do Guarani, então 17º colocado e primeiro do Z4.

Curiosamente, o rubro-negro só voltou a criar alguma diferença para a zona do desespero na 21ª rodada, quando voltou a bater o Vila Nova, desta vez pelo returno, fora de casa, por 2x0. Pulou para a 14ª posição, com 24 pontos, dois acima do Figueirense, então 17º colocado, com 22.

Outro detalhe: o Vitória ainda não conseguiu encaixar três triunfos seguidos na competição. O máximo foram dois jogos, pela 15ª e 16ª rodadas, quando bateu o Paraná por 2x0 e o CRB por 1x0. Na época, o time era comandado por Carlos Amadeu.

Fazendo contas

Atualmente, com 44 pontos, uma equipe teria 22% de chances de ser rebaixada, de acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Somando 45 pontos ao final do campeonato, essa chance é reduzida para 7%, considerado algo improvável.

Restam dez jogos até o final da Série B. Para alcançar o número considerado mágico e escapar do rebaixamento, o Vitória precisa somar mais 12 pontos – ou seja, vencer quatro partidas seria o suficiente, ou ganhar no mínimo uma e empatar as outras nove.

Nos dez últimos jogos do primeiro turno, o Vitória somou 16 pontos. Ou seja, repetir a campanha agora, contra os mesmos adversários, porém com mandos de campo invertidos, seria o suficiente para que o rubro-negro evite a degola.

Diferentemente do que aconteceu contra o Cuiabá, o Leão chega ao duelo com o Criciúma bem reforçado. Voltam de suspensão os pontas Felipe Garcia e Wesley, dupla titular no jogo retrasado, quando o Vitória bateu o Oeste por 3x1.

Outro reforço importante é Felipe Gedoz. O meia se recuperou de uma torção no tornozelo direito e embarcou para Florianópolis, onde encontrou a delegação do Vitória antes da ida para Criciúma. Por outro lado, o volante Baraka reclamou de dor numa coxa e retornou para Salvador.

O trio deve voltar a compor o meio-campo, apesar da boa atuação de Romisson como armador na vitória por 3x1 sobre o Cuiabá. Assim, Geninho terá como montar o time considerado atualmente como ideal: Martín Rodríguez; Van, Everton Sena, Ramon e Thiago Carleto; Léo Gomes, Lucas Cândido e Felipe Gedoz; Felipe Garcia, Jordy Caicedo e Wesley.