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Senta que lá vem ...
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 23:47
- Atualizado há um ano
Quem anda com fé vai (e volta) a pé. Foram 16 quilômetros de caminhada durante a Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (17). Estive no evento mais cheio de gente dos últimos anos, segundo a organização. E foi muito bom.
Aliás, cultura é muito bom. Imprescindível. Tradições que se mantêm ao longo do tempo, mesmo que modificadas, são imprescindíveis. Há de se registrar a falta de baianas, o aumento do público das festas de camisa/ classe média branca, de velhas coisas que deixaram de existir... Tudo isso é verdade. Vi poucas baianas. E fui cedinho, antes do cortejo sair da Conceição da Praia.
Vi, no entanto, gente com visíveis dificuldades: arrastando a perna, protegida com meiões especiais; com tampões no olho devido a problemas de saúde; cadeirantes, aplaudidos enquanto passavam; e crianças de colo. E já não se vai mais a pé e, sim, correndo. Corredores por toda parte, sem falar nos ciclistas. No caminho, pensei em várias coisas: na tranquilidade da caminhada, em ter saúde e disposição para aguentá-la; em trabalho; nas pessoas queridas. Mandei fotos a cada segundo. Feliz.
As armas possíveis são o celular, o protetor solar e os chapéus, enormes, vendidos pelas calçadas, para proteger do sol quentíssimo (31 graus antes das 9h). Só essas armas interessam.
Quanto às cores, o branco predomina. O pedido de paz também predominou na bandeira enorme, branca, confeccionada especialmente para a festa. Que tenhamos saúde, felicidade, muito amor e paz em 2019.
Viva a cultura e a disposição das pessoas. Viva a Bahia e suas belezas. Viva o Senhor do Bonfim.
Tharsila Prates é editora do CORREIOTexto originalmente publicado no Facebook