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Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2019 às 08:09
- Atualizado há 2 anos
Depois de negar que não houve corte no orçamento das universidades e institutos federais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou chocolates para explicar a medida implantada no neste mês. Ele afirma que houve apenas "contingenciamento orçamentário".>
Weintraub exibiu 100 chocolates dispostos sobre a mesa e disse que no segundo semestre o orçamento integral poderá ser recomposto. "A gente está pedindo três chocolatinhos e meio [mostrando os chocolates]. Não estamos cortando. Deixa pra comer depois de setembro. É só isso que a gente está pedindo. A gente está pedindo para segurar um pouco, 3,5% dos 100% [do orçamento]. Aí ficam espalhando que a gente está cortando tudo", afirmou.>
O ministro disse ainda que salários e moradia estudantis não foram afetados. "O que a gente está fazendo com elas [universidades]? Geralmente, de orçamento, elas têm R$ 1 bilhão por ano. Algumas tem mais, algumas menos. Nesse momento, que todo mundo está apertando o cinto, a gente não está mandando ninguém embora. Todo mundo está recebendo em dia, professor, técnico, todo mundo. Toda ajuda de refeitório, moradia para os estudantes está preservada", destacou o ministro.>
Enquanto o ministro falava, Bolsonaro, ao centro da mesa, comia os chocolates. "No governo Lula e Dilma cortaram R$ 10 bilhões e ninguém falou nada", disse o presidente. >
Segundo o MEC, foram bloqueados R$ 7,4 bilhões do total de R$ 23,6 bilhões de despesas não obrigatórias. No total, o orçamento anual do MEC, incluindo gastos obrigatórios, é R$ 149 bilhões.>
"O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas", informou o MEC.>