Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2022 às 14:38
- Atualizado há 2 anos
O Youtube anunciou, nesta terça-feira (22), uma atualização na política da plataforma para combate às fake news durante as épocas de eleições brasileiras. Uma das medidas anunciadas é a remoção dos vídeos com conteúdos falsos sobre as eleições de 2018.>
Serão derrubados vídeos com "informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados", segundo a plataforma.>
A mesma regra já havia sido adotada pelo YouTube após as eleições dos Estados Unidos, em 2020, e da Alemanha, em 2021. "Agora, ela será aplicada às eleições presidenciais brasileiras de 2018", explica a empresa.>
A plataforma também proíbe vídeos que tenham alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na eleição presidencial de 2018 e de que os votos foram adulterados, assim como os que incluem informações que possam fazer as pessoas desistirem de ir às urnas.>
Além disso, as novas regras impedem vídeos que incluem informações falsas sobre inelegibilidade de candidatos ou que incitem o público a impedir ou atrapalhar quem está tentando votar.>
O presidente Jair Bolsonaro alegou por três anos que houve "fraudes eleitorais" na disputa de 2018, mas, em julho de 2021, reconheceu não ter provas das acusações.>
Com isso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu o presidente como investigado no inquérito das fake news. O pedido de inclusão foi feito por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2 de agosto e a apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.>
Em junho de 2021, o YouTube removeu do ar vídeos do canal oficial do presidente. A justificativa é a violação das políticas que proíbem conteúdo sobre a covid-19 que apresente sérios riscos de danos significativos. O Google, dono da plataforma de vídeos, indicou que está fazendo mudanças por conta das eleições brasileiras.>