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Oscar Valporto
Publicado em 11 de janeiro de 2015 às 04:00
- Atualizado há 2 anos
Marcos; João Pedro, Marlon, Eduardo e Caju; Wallace, Eduardo Henrique e Nathan; Marcos Guilherme (ou Thalles), Gabriel e Malcom - essa provável escalação da seleção brasileira sub-20 para o amistoso de hoje contra o Macaé, time do Rio, campeão da Série C, mostra que a entressafra do futebol brasileiro é uma realidade. Esta é a base da equipe que disputará o Sul-Americano sub20 a partir de quinta-feira, que classifica quatro times para o Mundial na Nova Zelândia, em junho. Gabriel, o Gabgol do Santos, é artilheiro, o corintiano Malcom e o vascaíno Thalles são habilidosos, Nathan, do Atlético-PR, tem bom toque de bola, o atleticano Eduardo Henrique é promissor meio-campista, daqueles capazes de marcar e armar. Mas é pouco para deixar a torcida animada.Para comparação, no Sul-Americano sub-20 de 2011, o Brasil foi campeão - nove jogos: sete vitórias, um empate e uma derrota para Argentina. A seleção tinha Neymar, Oscar, Phillippe Coutinho, Lucas, os laterais Danilo e Alex Sandro e o volante Fernando - todos com passagens posteriores pela seleção brasileira adulta. Com essa mesma base, apesar de desfalcado de Neymar, o Brasil foi campeão mundial sub-20, com Oscar como destaque na final contra Portugal e Henrique, esse que teve passagens apagadas por Bahia e Vitória, como artilheiro e melhor jogador da competição.No último Sul-Americano sub-20, em 2013, a seleção brasileira não chegou sequer ao hexagonal final. Foi eliminada com apenas uma vitória - sobre a Venezuela - em quatro jogos. Eram destaques no time o zagueiro Dória (então no Botafogo, hoje Olympique Marseille), os meias Fred (que foi do Inter para o Shakhtar) e Felipe Anderson (do Santos para a Lazio). O goleiro Gustavo e o lateral Mansur, ambos do Vitória, também faziam parte daquela seleção. Ou seja, a entressafra não é novidade. A CBF, pelo menos, parece estar dando mais atenção às seleções de base. Vai ser preciso torcer muito para que alguns desses meninos surpreendam e passem de promessas a craques.>
Esperança na CopinhaA primeira fase da Copa São Paulo é sempre difícil de analisar porque são muitos jogos em gramados ruins e com tremenda diferença entre os times. De qualquer forma, o meia Jajá, camisa 10 do Flamengo, e o atacante Gabriel, promessa de artilheiro do Palmeiras, me deixaram boa impressão. O meia Endrick, do Bahia, jogou bem na vitória sobre o Audax. Até o dia 25, vai dar para ver se podem ter mesmo esperança na novíssima geração.>
Censura à cariocaO campeonato estadual do Rio de Janeiro, como a maioria dos estaduais, é uma porcaria: times demais, jogando futebol medíocre em campos quase sempre ruins. Para a porcaria virar palavrão, inventaram este ano um item no regulamento que pune atleta, técnico ou dirigente que criticar a competição. É uma censura absurda e ridícula. Mas, em uma semana de atentado à liberdade de expressão com os assassinatos no Charlie Hebdo, é preciso ser direto e dizer aqui o que os envolvidos estão proibidos: o campeonato carioca vai ser uma merda.>
OremosAinda não posso criticar porque o novo ministro ainda nada fez. Mas é estranho e preocupante o súbito interesse do PRB e da Igreja Universal pelo esporte que levou dirigentes do grupo ao ministério e a secretarias estaduais em São Paulo e Minas Gerais nos governos que começam. E é bom lembrar a contagem regressiva: faltam 572 dias para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.AgendaO Sul-Americano sub-20 começa quarta e o Brasil estreia quinta, 15, contra o Chile. No sábado, 17, o adversário é o Uruguai, dono da casa. A Copa São Paulo entra na fase de mata-mata com 64 times. E, amanhã, tem a eleição do melhor do mundo: é Messi contra Cristiano Ronaldo com o goleiro Neuer correndo por fora.>
Oscar Valporto é editor executivo e escreve às quartas-feiras e domingos>