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Sete em cada dez brasileiros dizem que comprar no mercado ficou mais caro com Lula

A percepção de aumento de preços tem se agravado ao longo do tempo, segundo a Paraná Pesquisas

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 30 de junho de 2025 às 18:59

A  percepção de aumento de preços tem se agravado ao longo do tempo, segundo a Paraná Pesquisas
Levantamento foi divulgado, nesta segunda-feira (30), pelo instituto Paraná Pesquisas Crédito: Shutterstock

Uma pesquisa realizada pelo instituto Paraná Pesquisas aponta que a maioria dos brasileiros sente no bolso os efeitos do retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder. Segundo o levantamento, divulgado nesta segunda-feira (30), 71,4% dos entrevistados afirmam que os preços dos produtos no supermercado aumentaram desde que o petista reassumiu o governo, em janeiro de 2023.

Para 17,2%, os preços ficaram como estavam. Já, para 9,4%, diminuíram. Não souberam responder ou não opinaram: 2,1%. De acordo com a sondagem de opinião, a percepção de aumento de preços tem se agravado ao longo do tempo. Em janeiro do ano passado, 48,4% diziam que os preços haviam subido. Já, em abril deste ano, o índice saltou para 73,7%, e agora mantém-se acima de 70%.

Entre os produtos que simbolizam esse descontentamento dos brasileiros, a picanha - que foi citada durante a campanha de Lula em 2022 como símbolo de melhoria do poder de compra - tornou-se um termômetro de frustração. Metade dos entrevistados (50%) acredita que o preço da carne está “muito mais alto” ou “um pouco mais alto” do que no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apenas 17,9% consideram que o preço está mais baixo.

A desconfiança em relação à economia também se projeta para o futuro. Quando questionados se até o fim do governo Lula a maioria dos brasileiros conseguirá comprar picanha e cerveja com mais facilidade, 67,1% disseram que não, contra apenas 26,3% que demonstraram otimismo. O restante não soube ou preferiu não opinar.

Para Murilo Hidalgo, diretor do instituto Paraná Pesquisas, o preço dos alimentos é o “grande problema” hoje do presidente Lula.

“Há tempo para reversão. Faltam ainda um ano para a eleição. Mas também pode piorar a situação. Esse é um dos principais problemas e que pode atrapalhar a reeleição dele. Isso não é fundamental, mas prejudica”, avaliou ele, em entrevista ao CORREIO.

A pesquisa ouviu 2.020 eleitores em 162 municípios - nos 26 estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para o total da amostra. O grau de confiança é de 95%.

Pessimismo sobre o futuro

O pessimismo é generalizado, mas varia entre os grupos, segundo o levantamento. Entre as mulheres, 63,1% não acreditam em melhora até o fim do governo, enquanto entre os homens esse índice sobe para 71,5%.

Já entre os brasileiros com mais de 60 anos, o pessimismo é menor: 53,8% dizem não acreditar em uma melhora, enquanto 37,9% ainda mantêm a esperança. Por outro lado, entre os jovens de 25 a 34 anos, o índice de descrença é o mais alto: 75,5% afirmam não acreditar em avanços até o fim do governo Lula.

Do ponto de vista regional, o Nordeste apresenta um cenário um pouco menos negativo: 59,9% não acreditam em melhora econômica, contra 74,6% no Sul do país.