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Arcebispo primaz recebe honraria do Papa Francisco

Na manhã desse sábado, autoridades e católicos se reuniram na Catedral para cerimônia de entrega do Pálio Arquiepiscopal

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 6 de novembro de 2021 às 18:14

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Carmen Vasconcelos

“Se eu pudesse descrever esse momento em palavras, diria: gratidão, comunhão e compromisso. Gratidão por toda essa acolhida que a Bahia me deu e me dá; comunhão porque o gesto simboliza a unidade da Igreja católica e compromisso porque sei da responsabilidade que tenho, especialmente nesse momento tão delicado na vida de milhões de pessoas que ainda sofrem com os efeitos da pandemia”. 

Com essas palavras, o acerbispo primaz do Brasil, Dom Sérgio da Rocha resumiu a emoção de receber o Pálio Arquiepiscopal(que é uma vestimenta litúrgica que consiste em uma faixa de lã branca recebida por cada arcebispo metropolitano) das mãos do pelo Núncio Apostólico, representante do Papa Francisco no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, na manhã desse sábado, 6.  Dom Sérgio fez questão de destacar a gratidão pela acolhida, a comunhão fortalecida com a Igreja e o compromisso na sua missão como pastor de almas (Fotos: Carmen Vasconcelos) A celebração eucarística foi realizada na Catedral Basílica do Santíssimo Salvador, no Terreiro de Jesus, e contou com a presença de diversas autoridades religiosas, civis e militares, inclusive, a vice prefeita Ana Paula Matos; o ministro da cidadania João Roma; o almirante Humberto Caldas, comandante do 2º Distrito Naval e o Coronel Aviador Marcello Borges da Costa.

Proteção

Visivelmente emocionada com a homilia, a vice prefeita Ana Paula Matos considerou que a cerimônia foi muito simbólica para a cidade de Salvador. “A entrega do Pálio corresponde a um reforço espiritual para que a liderança e a missão do nosso Arcebispo prossigam mais fortalecidas, então, imagino que a Cidade passa também a contar com essa proteção tão necessária para superar nossos desafios”, disse. 

Com quase duas horas de duração, a celebração eucarística chamou a atenção para os gestos de amar e servir que integram as missões de todos os religiosos e ressaltou a santidade presente nos corações humanos, sejam eles anônimos ou famosos.  Durante a entrega da estola, o representante do Papa reforçou que, naquele momento, o pastor se tornava cordeiro, numa referência ao afeto e apreço do Santo Padre pelos seus sacerdotes.  Durante a celebração eucarística, os presentes rezaram uma Ave Maria para a cantora Marília Mendonça, que faleceu num desastre aéreo (Foto: Carmen Vasconcelos) No final da missa, o celebrante também pediu aos presentes que rezassem juntos uma Ave Maria para a alma da cantora Marília Mendonça e dos demais tripulantes do avião, que caiu na sexta-feira,5, vitimando passageiros e pilotos.

Tradição

O pálio simboliza a unidade com o Papa, sucessor de Pedro. Colocado sobre os ombros do arcebispo, representa também a ovelha carregada pelo pastor, sinal da missão pastoral em comunhão com a Santa Sé. Além do Papa, somente os arcebispos metropolitanos recebem o pálio, podendo usá-lo somente na própria arquidiocese e nas dioceses que compõem a sua província eclesiástica. 

A Província Eclesiástica de São Salvador da Bahia, além da própria Arquidiocese, é composta pelas dioceses de Alagoinhas, Amargosa, Camaçari, Cruz das Almas, Eunápolis, Ilhéus, Itabuna e Teixeira de Freitas-Caravelas. A tradição prevê que, um ano antes da confecção do pálio, dois cordeiros são criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, em Roma, para no dia 21 de janeiro, data em que a Igreja celebra a festa de Santa Inês, serem abençoados pelo abade geral, conforme acontece desde 1644.

Em seguida, os cordeiros são conduzidos até o Papa, no Palácio Apostólico e, posteriormente, às freiras de clausura no Convento Santa Cecília, em Trastevere, Roma. São elas que tecem e costuram a vestimenta. Após serem confeccionados, os pálios são armazenados na Basílica São Pedro, em Roma, aos pés do altar central, próximo ao túmulo de Pedro. Ao ser transferido para outra arquidiocese, o arcebispo solicita ao Papa a recepção de um novo pálio. A benção do pálio dos novos arcebispos acontece no dia 29 de junho de cada ano, na solenidade de São Pedro e de São Paulo, na Basílica de São Pedro, em Roma. O Papa Francisco, desde 2015, tem enviado o pálio ao Núncio Apostólico para ser entregue a cada arcebispo metropolitano, na respectiva Arquidiocese, tão logo possível.

Contudo, em virtude da pandemia, a Nunciatura Apostólica no Brasil adiou a entrega do pálio a todos os novos arcebispos. O pálio que será recebido pelo arcebispo primaz, Cardeal Dom Sergio, foi abençoado pelo Papa Francisco em 29 de junho de 2020, juntamente com os pálios dos arcebispos de Manaus (AM), Vitória da Conquista (BA) e Santarém (PA).