Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Wendel de Novais
Publicado em 16 de março de 2023 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Salvador registra uma falta de água em ao menos 102 bairros e localidades deste a última segunda-feira (13) por conta de uma obra da Embasa. No passo que falta água na torneira, sobra nos caminhões pipa, que ajudam nessas horas. Os preços abusivos, porém, têm revoltado os soteropolitanos que buscam essa alternativa para suprir suas necessidades básicas. >
"Fomos atrás do caminho pipa, mas os valores estão muito altos. Uma compra que já fiz antes e era R$ 300. O mais barato agora está R$ 920 e cheguei a encontrar um no valor de R$ 2 mil", fala Emanuele Nascimento, 43 anos, moradora de Itapuã, bairro que está sem água desde a manhã da última segunda-feira.>
Síndico de um condomínio na Vila Anaití, no bairro do Imbuí, Luciano Ferrão, 52, fala em preços parecidos com os citados por Emanuele. Ele contratou sete veículos do tipo para atender a demanda dos condôminos e precisou pagar mais caro do que normalmente é.>
"Já tem empresa de caminhão pipa pedindo mais de R$ 900 pelo serviço, é um valor muito acima do comum do que é para 10 mil litros. Além dos transtornos, tem esses valores altos. Conseguimos, porém, negociar por R$ 400 por conta da quantidade que contratamos", diz Luciano.>
O que mais deixa Emanuele indignada é a falta de ação dos órgãos fiscalizadores contra esses abusos. Para ela, é preciso parar de normalizar preços elevados em momentos de crise e desabastecimento.>
"Eles estão superfaturando e o Procon não age. Todo o comércio no entorno coloca o valor da água em níveis absurdos. Isso não pode acontecer porque é crime contra o consumidor", reclama.>
O Procon Bahia foi procurado para responder sobre o problema e detalhar ações de combate, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.>