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Eles falam baianês: estrangeiros aceitam desafio e tentam pronunciar gírias da Bahia

Turistas que se divertem na capital baiana mostraram que estão por dentro do dialeto baianês

  • Foto do(a) author(a) Louise Lobato
  • Louise Lobato

Publicado em 29 de junho de 2014 às 08:46

 - Atualizado há 2 anos

“Diga aí, véio”, ensaia Caeli Dowdall, fonoaudióloga que veio de Los Angeles, nos Estados Unidos. Na Babilônia de sotaques do Largo de Santana, no Rio Vermelho, a americana de 26 anos curtia sua primeira Copa do Mundo com três amigos. Sem falar português, o grupo topou a brincadeira – uma frase na sua língua nativa em troca de outra no dialeto repleto de malemolência: o bom e velho baianês.

“Oi, gato”, arrisca a americana Kelci Parker. Acompanhada do irmão e de quatro baianos, Kelci se empolgou com a ideia de um português feito à medida de Salvador. “São gírias?”, questiona, antes de cair no Lepo Lepo. 

Red River No bairro mais boêmio da cidade, a noite de sexta-feira pertenceu aos americanos e belgas. Com as seleções se enfrentando na Arena Fonte Nova, na próxima terça, as nacionalidades dominavam o Rio Vermelho. Mesmo com a saída do Irã do Mundial, o casal de médicos Jazmin e Kam Kazravan não se deixou abater. Com um sorrisão, a iraniana soltou um “Oxe!” quase naturalizado. Em troca, a repórter tentou aprender uma frase em persa e falhou feio - muito feio. A dupla ainda conseguiu emplacar um “Barril” e “Se ligue, véio”, marcando três gols contra o CORREIO. 

Virada  Fanático por futebol, Steven Galich está na sua sexta Copa. Ao ser desafiado, se animou com o “Sabe de nada, inocente”, achando que levaria a disputa fácil por entender um pouco de línguas latinas. Subestimando a dificuldade do baianês, o americano se atrapalhou ao tentar reproduzir o bordão em toda sua glória original. “Você pode escrever? Aprendo melhor lendo”, explica, antes de falhar na imitação de Compadre Washington, recorrendo a um sotaque italiano. Ponto para a repórter.

Já o belga Stin Hasevsels titubeou e, só aos 45 do segundo tempo, conseguiu soltar um “Bora Bahêa Minha Porra”. Tímido, confessou que só se sente à vontade falando “Obrigado”. Mas quem precisa de um obrigado quando se pode soltar um “Valeu, meu nêgo”? Até Stin concordou. E o baianês venceu a disputa.