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Entenda como vai funcionar o sistema com drones israelenses em Salvador

Equipamentos vão permitir melhor dinâmica no videomonitoramento

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 10 de julho de 2025 às 05:30

Modelo ainda será definido
Modelo ainda será definido Crédito: Shutterstock

Embora seja constitucionalmente de responsabilidade do Governo do Estado, a prefeitura de Salvador tem desenvolvido projetos para auxiliar na prevenção da violência na capital baiana. O mais recente deles, divulgado na última segunda-feira (7), é o sistema de drones israelenses que vão permitir uma melhor dinâmica no videomonitoramento.

Os equipamentos são de última geração e utilizados em Israel para monitoramento aéreo em tempo real. A princípio, os drones devem ser utilizados na região do Centro Histórico e, posteriormente, em outros bairros, como Rio Vermelho, Barra e Itapuã.

“Vale salientar que os drones, assim como as câmeras inteligentes de reconhecimento facial, serão integrados ao Centro de Controle Operacional (CCO), que está sendo construído na Avenida Suburbana, no bairro Boa Vista do Lobato, no Subúrbio Ferroviário”, disse o secretário municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) Alberto Braga.

As ações dos drones serão planejadas em conjunto com a Guarda Civil Municipal e demais órgãos da Prefeitura de Salvador. O foco inicial deve ser direcionado ao Centro Histórico, Rio Vermelho e Barra — regiões mencionadas pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil).

“No entanto, não há restrições prévias quanto à definição de outras áreas da cidade para a realização de missões de segurança. A escolha dos locais pode ser ampliada conforme a necessidade, desde que haja a devida autorização por parte do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)”, continuou Braga.

Segundo o secretário, os drones permitem uma melhor dinâmica no videomonitoramento, pois eles não são fixos e podem se mover rapidamente, de forma muito ágil. Além de cobrir regiões importantes, eles também podem ser utilizados em áreas de aglomeração temporária, como durante um grande evento.

Essas tecnologias deverão ser integradas ao Observatório Inteligente de Salvador — ou Centro de Controle Operacional (CCO) — atualmente em construção na Avenida Suburbana, no bairro do Alto do Cabrito, Subúrbio Ferroviário. O equipamento reunirá, em um só local, toda a operação dos órgãos municipais com uso intensivo de dados e inteligência artificial para acelerar a tomada de decisões e otimizar o atendimento à população.

Câmeras de reconhecimento

A outra tecnologia que será implementada é similar o programa Smart Sampa, lançado em julho de 2024, que já conta com mais de 26 mil câmeras espalhadas por São Paulo, das quais 4 mil têm capacidade de reconhecimento de placas de veículos. Apenas em 2025, o sistema colaborou na prisão de 2.746 pessoas em flagrante, na captura de 1.410 foragidos da Justiça, na localização de 73 desaparecidos e na elucidação de 14 ocorrências com veículos.

Autoridades municipais de Salvador estiveram recentemente em São Paulo, em abril, para conhecer de perto o funcionamento do Smart Sampa, considerado o maior sistema de videomonitoramento com inteligência artificial e reconhecimento facial da América Latina.

O sistema é integrado ao banco de dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, ao Cadastro Nacional de Procurados e Foragidos, e à lista de desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, permitindo uma atuação rápida e precisa. Câmeras estrategicamente posicionadas enviam alertas em tempo real para as centrais de monitoramento, que acionam imediatamente a viatura mais próxima para atender à ocorrência.

Além da repressão ao crime, o sistema também é usado para monitorar invasões a escolas e unidades de saúde, identificar atos de vandalismo, furto de cabos e descartar irregularmente lixo em locais públicos.

Segundo Braga, a intenção da Prefeitura é adotar um modelo similar em Salvador, aproveitando a infraestrutura já existente. Atualmente, a capital baiana conta com 3,7 mil câmeras de vigilância. O plano é ampliar essa rede com novas câmeras dotadas de inteligência artificial e também integrar equipamentos de particulares interessados, como comércios, residências e condomínios.

Ao todo, Salvador tem 3,7 mil câmeras, mas a ideia é alcançar 5 mil em breve. "Queremos agora abrir também para as câmeras particulares que queiram aderir ao programa de videomonitoramento de Salvador. Ou seja, câmeras de comércios, de casas particulares, de associações de condomínio, de todas as entidades que têm essas câmeras. A gente poderia integrá-las ao sistema”, destacou Braga.

"Serão câmeras inteligentes com reconhecimento facial e que serão capazes de identificar foragidos da Justiça e flagrar situações de delito, a exemplo de invasões de imóveis, furtos e roubos de veículos. As imagens e alertas gerados devem ser integrados ao sistema atual ou a um novo sistema da Prefeitura de Salvador", continuou o secretário. 

As imagens captadas pelos drones também seriam integradas ao novo sistema, ampliando a capacidade de vigilância em eventos e áreas de grande circulação.

Quanto vai custar

Temos trabalhado junto à Prefeitura no modelo de Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI), com limite de R$ 1.600.000,00 para todo o período experimental da solução inovadora (Lei Complementar nº 182/21). 

"O modelo de CPSI é o caminho mais adequado para viabilizar as missões experimentais discutidas. Nesse formato, a empresa contratada é responsável pela operação das missões, enquanto, paralelamente, realiza o treinamento e a capacitação das equipes da Prefeitura, com ênfase na Guarda Municipal", finaliza Braga.