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Escritora denuncia racismo e xenofobia em cafeteria de Salvador: 'Frustrada e chocada'

Estabelecimento lamentou caso e se reuniu com a vítima

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 25 de novembro de 2025 às 10:16

Escritora denuncia racismo e xenofobia em cafeteria de Salvador:
Escritora denuncia racismo e xenofobia em cafeteria de Salvador: Crédito: Reprodução / Redes sociais

A escritora e psicopedagoga especializada em letramento racial, Aline Lisbôa, denunciou nas redes sociais que foi vítima de racismo e xenofobia na Padoca do Carmo, uma das cafeterias mais conhecidas de Salvador, no último domingo (23).

Em vídeo publicado nas redes sociais, ela descreveu a situação. "Nós [Aline e sua família] consumimos, bebemos café e, no momento de ir embora, sentamos em outra mesa no andar de cima, mas o atendente veio até nós e disse que, se a gente não fosse consumir mais nada, era para irmos embora, que ele precisava das mesas livres", relembra.

Caso aconteceu na Padoca do Carmo por Reprodução / Redes sociais

A escritora disse que questionou ao funcionário se havia fila de espera e afirmou não entender a reclamação, pois havia outras mesas livres. Ainda assim, o homem pediu que a mesa fosse desocupada. “Fomos postos para fora”, disse.

Ao sair do local, houve ainda outro problema. “Veio uma senhora de fora [estrangeira], intitulando-se amiga da dona. Sem saber o que tinha acontecido, disse que nós éramos exagerados e que Salvador tinha pessoas mal-educadas em todos os cantos”, contou.

“Isso é traço do costume colonial. O atendente falou baixo, cumpriu todos os costumes do ‘ser educado’, mas foi extremamente racista, assim como essa senhora que, em tom de voz adequado, foi xenofóbica”, criticou. “Ainda fico chocada e frustrada”, desabafou.

Veja vídeo do relato: 

A Padoca do Carmo emitiu uma nota lamentando o caso e informando que o funcionário envolvido foi demitido. Também informou que iria se reunir com a vítima para contratar o treinamento em letramento racial da Griots para todos os funcionários da Padoca, incluindo temporários e aqueles que não fazem atendimento ao público.

“Infelizmente, sabemos que estamos todos submetidos à lógica do racismo estrutural no nosso país e que nada disso pode realmente garantir que novos episódios lamentáveis como esse deixem de ocorrer. Porém, aproveitamos esse espaço para publicizar que a Padoca do Carmo não compactua com práticas racistas, misóginas, homofóbicas, xenofóbicas ou discriminatórias de nenhuma natureza, bem como segue firme no compromisso ético de fazer tudo que está ao nosso alcance para prevenir tais ocorrências e ofertar um espaço seguro para todos os nossos clientes”, declarou.

Leia nota completa: