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Carol Aquino
Publicado em 25 de maio de 2017 às 15:44
- Atualizado há 2 anos
Estudantes do Colégio Estadual Carneiro Ribeiro Filho, na Ladeira da Soledade, em Salvador, fizeram uma manifestação no final da manhã desta quinta-feira (25), acompanhados de pais e professores. Munidos de carteiras, cartazes e livros, eles fizeram um "aulão" na porta da unidade escolar, em protesto contra a suspensão do período letivo por tempo indeterminado.A escola está fechada desde o desabamento que matou três pessoas da mesma família, no dia 24 de abril. Parte da casa destruída caiu em uma área desocupada do Carneiro Ribeiro e a Secretaria Estadual de Educação (SEC) resolveu interditar a unidade por motivo de segurança.A estudante Joyce Barbosa durante a manifestação (Foto: Marina Silva/ CORREIO)Logo depois, a Codesal interditou o colégio porque detectou que o casarão vizinho corria o risco de desabar sobre a unidade educacional, que está na poligonal tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). A responsabilidade de escorar ou demolir o casarão é do dono da construção, ou quando este não tiver condições, do órgão de tombamento."O IPAC não quer derrubar o casarão que está do lado da escola. Já temos um mês sem aula", reclamou a estudante Joyce Barbosa, 17 anos. Além da interrupção do ano letivo, os alunos protestavam acerca da possibilidade de transferência para o Colégio Estadual Landulfo Alves, na Calçada. “A gente tem nosso lugar, não queremos sair daqui”, disse a estudante.Em nota, a Secretaria de Educação informou que aguarda o parecer definitivo sobre a infraestrutura do prédio para retorno das atividades. Sobre os boatos de que os alunos seriam transferidos para uma escola na Calçada, o órgão esclareceu que essa é apenas uma das possibilidades estudadas e que os alunos podem ser colocados em outra unidade mais próxima à Soledade. Também foi dito que “será elaborado um calendário especial de reposição de aulas, garantindo assim o cumprimento dos 200 dias letivos”, acrescentou a SEC.>