Festival da Primavera em Salvador dá cara de verão ao Dique do Tororó

Público lotou o Dique do Tororó neste domingo (29)

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 29 de setembro de 2019 às 15:19

- Atualizado há um ano

. Crédito: Betto Jr.

O domingo é de primavera, mas o dia foi tão ensolarado e bonito que também poderia facilmente ter sido confundido com um dia de verão, especialmente porque a atração da manhã também remetia ao Carnaval. Foi em meio a um clima de celebração que a banda Mudei de Nome, ex-Alavonté, deu a volta no Dique do Tororó, dentro da programação do Festival da Primavera de Salvador.

Para o músico Jonga Cunha, um dos integrantes do grupo, a sexta edição da 'Volta do Dique' é um dia especial por possibilitar uma mescla de possibilidades, desde unir pessoas até ocupar um espaço especial da cidade.

“Geralmente, as pessoas passam aqui pelo Dique preocupadas com o trânsito, os engarrafamentos... Nessa volta, as pessoas se permitem contemplar o espelho d’água, aproveitar esse verde no centro da cidade. Esse evento reúne as pessoas que vieram cedo malhar até aqueles que aproveitam o domingo para brindar a vida”, disse ele, ao CORREIO.

Jonga fez questão de enfatizar que o grupo tem uma relação especial com o lugar: primeiro por ter abrigado a experiência com o pranchão que os colocou mais próximos do público. Depois, pelo fato do companheiro de banda, Magary Lord, ter nascido no Engenho Velho, onde os antigos vizinhos o abraçam com um carinho especial que se estende para a banda.

Como novidades da banda, Jonga conta que, além dos EPs, as músicas novas, o Agradecer (que é a festa do final de ano), tem o 'Mudei de Nome de Mortalha' abrindo o Carnaval e a Jurema, que é uma referência aos encontros realizados no interior que misturam música e bebida.

O presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Isaac Edington, também comemorou o resultado positivo. “Este ano, tivemos um diferencial que foi o maior passeio Ciclo Turístico da Cidade, com a participação de mais de 2 mil ciclistas e um percurso de 40 km, e o lançamento do Projeto Vem para o Centro, com o Comércio completamente movimentado com atividades que permanecerão duas vezes por mês”, pontua o representante municipal.

Com as novidades, Edington fez questão de pontuar a manutenção das ações do Festival da Primavera nos bairros onde o projeto Boca de Brasa está proposto, além de outras localidades como o  Rio Vermelho e a  Magalhães Neto. “A Prefeitura fez um investimento alto na requalificação dos espaços do Centro. Até 2020, 80% dos órgãos municipais estarão funcionando na área mais antiga da capital, chamando atenção da população para essa área da cidade”, completa. 

Presente desde as primeiras edições da volta, quando ainda era realizada no aniversário de Salvador, a enfermeira Natália Mendonça, 32, cita vários fatores para que ela e os amigos estejam sempre presentes. “É gratuito, acontece cedo, fato que permite se divertir e ainda descansar para a segunda-feira”, comemora. 

A assistente administrativa Viviane Matos, 32, diz que o estilo musical é sensacional. “A letra tem poesia e nenhuma referência depreciativa ao sexo feminino. São canções para se divertir, ouvir com a família, aproveitar o clima de total tranquilidade”, diz.

O representante comercial Reinaldo Gusmão, 50, aguardava a chegada de um grupo de amigos e fez questão de ressaltar como a volta no Dique consegue congregar amigos e família num espaço privilegiado. “É maravilhoso ter um evento como esse acontecendo num espaço aberto, público e sem as confusões que, geralmente, ocorrem em festas como o Carnaval ou as festas de largo. Sinceramente, considero esse um dos melhores eventos da cidade”, concluiu.