Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2022 às 05:53
Moura Dubeux: a pronúncia do nome pode parecer difícil, mas dá pra pegar fácil — e, não por acaso, rima com ‘dendê’. Aliás, essa é uma combinação que vem dando, cada vez mais, certo: dos 39 anos de atuação da incorporadora e construtora pernambucana no mercado, 14 deles são dedicados, também, a Salvador, onde deve terminar o ano com empreendimentos com valor geral de vendas (VGV) superior a meio bilhão de reais. Para ter uma noção de como a companhia vem criando raízes por aqui, é só olhar para trás: em 2020, o mesmo VGV foi R$ 234 milhões; em 2021, R$ 388 milhões; e, em 2022, já soma R$ 370 milhões até o momento.>
Com atuação exclusiva em sete estados do Nordeste do país e capital aberto na Bolsa de Valores, a Moura Dubeux apresentou, no ano passado, R$ 1,1 bilhão em lançamentos e R$ 1,3 bilhão em vendas, com um indicador de venda sobre oferta (VSO) — que mede a adesão dos clientes a um produto — de 59%. Apenas no primeiro semestre deste ano, já foram R$ 915 milhões em lançamentos e R$ 710 milhões em vendas. Deste último número, R$ 273 milhões são atribuídos à Bahia, cujos empreendimentos tiveram, nos primeiros seis meses de 2022, uma VSO de 62%, maior que o de toda a região.>
Lançamentos e perspectivas>
A Dubeux vem crescendo tanto em Salvador que o antigo escritório que abrigava sua sede, no quarto andar do International Trade Center (ITC), no bairro do Stiep, acabou ficando pequeno: a partir de agora, ela ocupa todos os 680 metros quadrados do 27º andar do edifício, construído pela própria companhia. Até então, já foram entregues dez empreendimentos ao município e outros dez estão com projeto em andamento — em breve, mais um deve ser apresentado: o do antigo Hotel Pestana, no Rio Vermelho, que vai passar por um retrofit, técnica de revitalização de construções antigas.>
Além disso, entre os 3,5 mil empregos diretos gerados pela Moura Dubeux no Nordeste atualmente, mil estão na capital baiana. Por todos os motivos listados, Salvador é o principal mercado imobiliário da região, segundo o CEO da incorporadora, Diego Villar, que é soteropolitano.“Hoje, é a praça que a gente mais investe, que mais tem expectativa de crescimento e que mais a gente espera que os nossos produtos sejam bem aceitos”, afirma. Fernando Amorim, à frente na imagem, comenta possibilidade de investimento fora da capital (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) De forma complementar, o diretor regional Fernando Amorim revela que a Moura visa projetos futuros no interior do estado. “O interior é o segundo passo. Por enquanto, a gente não está buscando áreas no interior, mas não deixa de estar no nosso radar." No litoral norte, porém, as buscas já foram iniciadas.“A Moura Dubeux tem uma linha, Beach Class, tanto dentro da cidade como de segunda residência. Então, a gente está estudando e buscando áreas no litoral, principalmente, na região próxima a Praia do Forte”, conta.Questionado sobre a possibilidade de expandir o trabalho da Dubeux para outras regiões, Villar prega pés no chão. “Esse mercado, imobiliário, ele não é de ter escala de melhoria de rentabilidade; pelo contrário: quanto maior a escala, você pode atingir um ponto de deseconomia”. Para ele, ainda há espaço para crescer dentro da própria região. “A gente é a única incorporadora de médio e alto padrões atuando, de forma simultânea, em várias capitais do Nordeste. Nós somos uma empresa nordestina, da qual a gente tem orgulho, cuja grande pretensão é ser referência nacional em atuação regional”, finaliza.>
Públicos diversos>
Mais conhecida pelos empreendimentos de alto padrão, a Moura Dubeux também investe em projetos de menor porte. “Aqui, em Salvador, mesmo, a gente já entregou o Parque Iguatemi e o Singullare [Iguatemi], que são produtos que variam desde entrada, fora do [Programa] Casa Verde e Amarela, até a classe média e que carregam uma preocupação estética e arquitetônica de qualidade da Moura Dubeux, mas são produtos para uma faixa de renda da classe média”, detalha Diego Villar.>
Do residencial ao empresarial, a versatilidade da construtora permite alcançar, ainda, quem procura um empreendimento para investir. A linha Beach Class é um deles e terá unidades inauguradas em Ondina, Rio Vermelho e Jaguaribe. “É uma linha de produto que a gente foca tanto no investidor, que quer a rentabilidade da locação, como também no morador, que tem um estilo de vida, hoje, diferente, mais otimizado, com uma dinâmica menos complexa”, explica.>
A companhia se mostra atenta ao mercado e atualizada quanto à tendência de busca por moradias mais funcionais.“[Com a pandemia] O que a gente percebeu muito foi as pessoas valorizando, cada vez mais, a sua casa como um ambiente de integração [...] É normal, no nosso projeto, hoje, você ver uma varanda gourmet integrada à própria cozinha, que é aberta para a sala”, pontua Villar.Outra mudança apontada pelo CEO é o aumento das compras por comércio eletrônico e aplicativos de entrega de comida. “A gente adaptou os espaços comuns criando os espaços próprios para esse tipo de recebimento, desde congelados a eletrônicos, e para fazer essa segregação com segurança tanto para os condôminos como para o morador e a mercadoria”, acrescenta.>
No que diz respeito a práticas ESG — sigla, em inglês, para ambiental, social e governança —, o residencial Vivant Caminho das Árvores, em Salvador, conferiu, no fim do mês passado, à Moura Dubeux o título de primeira empresa nordestina a ter conquistado o Plano Empresário Verde, do Itaú BBA, programa que beneficia, com linhas de créditos em condições especiais, construtoras que atingem uma economia mínima de 20% de água e energia em seus empreendimentos.>