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Movimento em mansão no Itaigara chamava atenção: 'Já desconfiava que era puteiro'

Entra e sai de mulheres, homens com carrões e bebida chegando todo dia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 11:16

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A movimentação na casa 239 da Rua Afonso Ruy, no Itaigara, chamava atenção de moradores e trabalhadores da região. Mulheres entrando e saindo da mansão em todos os horários, homens em carrões chegando à noite, bebidas e gelo sendo trazidas. Ontem, uma operação policial prendeu a responsável por uma casa noturna em que mulheres eram "rifadas" para fazer programa no local. 

Um zelador que trabalha na região diz que desconfiava que ali funcionava uma casa noturna, justamente por conta do tipo de movimento. "Logo cedo, por volta das 8h, três mulheres desciam para ir ao mercado fazer compras. Isso era quase religiosamente. À noite outras mulheres faziam a mesma coisa. A gente já desconfiava que funcionava um puteiro por causa da quantidade de mulheres, eram muitas, entre 25 e 30 anos", afirmou. (Foto: Reprodução) Outra trabalhadora diz que achava estranho, mas não sabia o que acontecia na casa. "Eu estranhava porque toda hora chega um carro cheio de cervejas, gelo e uísque. Ficava curiosa, porque o local é uma residência, mas o povo comprava as coisas como se o local tivesse festa todos os dias. Agora está explicado', afirmou uma empregada doméstica.

Mas tem também quem não imaginava que ali,  em meio a várias residências, pudesse funcionar um bordel. "Nunca iria imaginar que aí funciona um cabaré. Eu passo por aqui todos os dias e nunca desconfiei", disse uma cuidadora de idosos que trabalha na rua. 

Pela manhã, ainda há movimentação no local. Um homem que está na casa disse ser morador, mas não quis falar com a imprensa. Três mulheres apareceram com o rosto coberto. O CORREIO apurou que o esquema funcionava no local há cerca de dois anos e que o imóvel, de alto luxo, com piscina, é alugado.

Operação A casa foi alvo de uma operação realizada na noite de quarta-feira (2) por equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) e a mulher responsável pelo esquema foi presa em flagrante.

Os investigadores encontraram mais de R$ 32 mil, € 100 e U$ 277, em dinheiro, além de folhas de cheque. Maquinetas de cartão de crédito, cadernos com anotações sobre a prática delituosa e alguns documentos, que configuraram a exploração sexual das mulheres, também foram localizados no interior da casa.  Foto: Haeckel Dias/Polícia Civil Conforme as investigações da Dercca, a rifa virtual oferecia além da garotas de programa, uma garrafa de uísque. O esquema era divulgado em um perfil da casa de prostituição, no Instagram. Apesar de não encontrar crianças ou adolescentes na casa, a titular de Dercca, delegada Simone Moutinho, afirmou a importância de coibir a prática delituosa contra as mulheres. 

“Elas eram ‘coisificadas’ ao serem tratadas como objetos, negociadas em ‘rifa’ e niveladas a bebidas alcoólicas, além da própria exploração sexual. Encontramos seis garotas de programa no imóvel, que confessaram a atividade naquele local”, explicou. 

As investigações terão continuidade com o objetivo de apurar a possibilidade de exploração infanto-juvenil. A proprietária da casa foi autuada em flagrante por exploração sexual de mulheres, passou por exames de lesões e está à disposição do Poder Judiciário.