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Mais de 12 mil pessoas se reuniram no local para vibrar pela seleção brasileira
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2022 às 20:35
- Atualizado há um ano
O Brasil estreou na Copa do Mundo em um jogo contra a Sérvia nesta quinta-feira (24). No Largo do Pelourinho, a torcida foi garantida por mais de 12 mil pessoas, um telão com o jogo ao vivo e o toque especial ficou por conta da apresentação do Olodum, que já é uma tradição. O primeiro tempo foi suado, terminou no zero a zero, e a tensão no Pelô pôde ser sentida na multidão. Quando os jogadores brasileiros entraram em campo novamente e ganharam de dois a zero, as pessoas foram à loucura. A comemoração parecia mais um carnaval, com direito a gritaria, pula e empurra, cerveja jogada para cima e muita música garantida pelos tambores da banda, além do cantor Tonho Matéria, que soltou a voz para animar a galera.
No local, um telão localizado em frente a Fundação Casa de Jorge Amado garantia a transmissão ao vivo da partida. Os músicos mudaram até mesmo o ritmo do Hino Nacional, que se transformou em axé. A torcida, por sua vez, formou um mar de pessoas no largo, muitas com a camisa da seleção brasileira nas cores amarela e azul, outras com maquiagens e cabelos temáticos. O primeiro gol da partida foi garantido por Richarlyson, momento em que a esperança retornou ao Pelô e todos vibraram junto com os instrumentos do Olodum, que realizou o evento em parceria com a Brahma. Teve muita gente que soltou: "Agora o Brasil entrou em campo de verdade”. Torcedores comemoram o primeiro gol do Brasil (Foto: Paula Fróes/CORREIO) E se alguém duvidou de Richarlyson, o jogador mostrou para que veio e garantiu também o segundo e último jogo da partida. Foi ele que mandou o clima de tensão e desesperança embora. A cada bola rolada por um jogador do Brasil que tocava no fundo da rede da Sérvia, o Olodum garantia a comemoração soando os tambores. No intervalo e final do jogo, a banda afro-brasileira fez um show e cantou clássicos, como “Raiz de Todo Bem”, "Não me deixe só" e "Várias Queixas".
No primeiro tempo da partida, Danette Ferreira, de 41 anos, estava na expectativa de sair um gol. “Me arrumei de cabeça aos pés para vibrar e torcer pelo Brasil. Todo ano eu venho para o Pelourinho assistir aos jogos com o Olodum. Tenho certeza que esse gol vai sair, porque o Hexa vai ser nosso”, disse a trancista, que estava com cabelo, maquiagem e roupa nas cores da bandeira brasileira.
A artesã Nilda Regina, 60, estava tranquila quando acabou o primeiro tempo no zero a zero. Segundo ela, a fé de que o Brasil vai sair campeão a mantém calma. “Os jogadores estavam tímidos nesse início, mas eu tenho certeza que vamos fazer pelo menos um gol no segundo tempo”, destacou. Dito e certo, quando a seleção marcou o primeiro gol, Nilda vibrou com os amigos e disse: “Eu não falei que a gente ia ganhar?”.
O cabeleireiro Alcides Martins, 44, comemorou quando o Brasil ganhou a partida. “Tenho certeza que o Hexa vai ser nosso. A energia massa e positiva do Pelô vai garantir que a gente saia da Copa do Mundo com esse troféu, tenho certeza. Vamos para cima!”, desejou.
Considerado por muitos como um amuleto da seleção brasileira em Copas do Mundo, a clássica apresentação do Olodum esse ano foi feita em parceria com a cerveja Brahma. A tradição começou na Copa de 1990, quando a banda se reuniu para soar os tambores e torcer pela vitória do Brasil. Olodum garante a festa dos torcedores no Pelourinho (Foto: Paula Fróes/CORREIO) O apresentador Galvão Bueno, responsável por narrar a partida, também não fugiu da tradição e chamou imagens da apresentação do bloco Olodum, ao vivo, antes da transmissão do jogo do Brasil e Sérvia. “Olha só, cadê os meus amigos, vamos embora para o Pelô, para o Pelourinho, na Bahia, Salvador. Diga lá Olodum”, disse. Nas redes sociais, os internautas decretaram que a Copa do Mundo oficialmente começou após a chamada de Galvão. “O Olodum no Pelourinho na época da Copa do Mundo é patrimônio da humanidade”, escreveu um deles no Twitter.
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No intervalo entre o segundo e o primeiro tempo, cerca de seis torcedores se machucaram depois que parte da grade de contenção de público caiu no Largo do Pelourinho, onde estava sendo transmitido o jogo. Segundo testemunhas, a situação aconteceu durante a passagem de policiais militares, em fila, no meio do público. As pessoas foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros com leves escoriações. "A PM passou e a galera ficou prensada nas grades. Tinha gestante, idoso, criança", disse uma pessoa que presenciou o acidente.
*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo